sábado, 22 de janeiro de 2011

P58 O cofre da Dilma

Ladrão que rouba ladrão...
Após os desastres naturais que assolaram a população do Rio de Janeiro e agora assolam as cidades de Santa Catarina, viu o povo brasileiro o quanto está entregue à sua própria sorte e pior ainda com seus governantes dedicados à rapinagem generalizada das riquezas que esta nação imensa ainda consegue produzir.
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Lendo nas reportagens dos jornais sobre acontecimentos tão tristes, não pude deixar de notar também o egoísmo já em grau psicopático mostrado por alguns políticos já velhos conhecidos da cena política, que jogando ao chão a fantasia de ética e de tribunos dos pobres e oprimidos, não tiveram a mínima decência nem escrúpulos ao anunciarem a todos seus pedidos de aposentadoria, que é claro, serão pagas pelo mesmo povo sofrido e que a duras penas se levanta dos desastres naturais que o atingiram. Enquanto o povo chora e corpos ainda são encontrados, eles comemoram a fortuna que irão receber.
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Um dos políticos que pediu a aposentadoria retroativa aos tempos em que foi governador diz que tem projetos de dedicar os ganhos para obras de filantropia. O outro senador diz-se moralmente contra o mesmo tipo de aposentadoria que pediu, mas termina com uma observação que justifica tudo. Já que ela existe, ora, o que fazer?
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Assim, Dilma Roussef, a atual presidente que participou do já folclórico roubo do cofre do ex-governador Ademar de Barros durante a luta armada na década de 70, vê o seu próprio cofre roubado pelos seus amigos de política. Nada surpreendente, com os tipos que ela se meteu, não poderia esperar outra coisa.
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Se bem que o cofre que é agora roubado é o mesmo que deveria ser aberto para socorrer as vítimas de tantos desastres nesse país e pior ainda, dos desastres que estão por vir.
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No próximo texto comento a visão de tudo isso. Espero mais um dia. Talvez um senador renuncie a essa imoralidade como ele diz e outro surpreenda a todos se tornando voluntário de organizações humanitárias que atuam em zonas de conflito no mundo.
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Pode até acontecer, mas vendo o cofre das riquezas da nação roubado por aqueles que deveriam guardá-lo, acho difícil.

Um comentário:

  1. Caro articulista, o que vemos reiteradamente são discursos vazios de conteúdo, os quais se prestam a justificar os dezarranjos de uma política portadora de uma doença incurável. Não se vê diferença ontológica entre as figuras de poder. O que se vê é a repetição da mesma fórmula perversa a cada eleição. Dê poder a alguém e verás que não conhecias de fato aquela pessoa, pode ser clichê mas é a mais pura verdade. Poucos são os que não se deixam embriagar pelo poder e na escalada por ele fazem aquilo que Nicolau Machiavel já denunciava no Príncipe, "O fim justifica os meios". Espero que as gerações vindouras tenhm experiências melhores e que o cenário político nacional mude de fisionomia. Um forte abraço.

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