domingo, 26 de abril de 2009

P12 Aviso aos leitores

Página de acesso direto aos textos...

Já está disponível aos leitores deste bilogue, para facilitar a navegação, a página que criei qe contém todos os textos já postados com os respectivos links ligados a eles, o que permite o acesso imediato a qualquer um que seja escolhido pelo leitor, independente de data.


Assim o leitor não precisa recorrer ao sistema de indexação do Blogspot, que não mostra todos os títulos. Facilita a navegação na medida em que os textos forem aumentado.


A página já está destacada na barra lateral direita superior do bilogue "Cartas de Política" com o nome de "Índice geral de textos publicados" e o texto explicativo abaixo contém o link para acesso.


Agradeço aos leitores que visitam esta página para leitura e troca de idéias.

terça-feira, 21 de abril de 2009

P11 Uma simples pergunta

Um esclarecimento...
Por esses dias perguntou-me um colega que leu este bilogue o que significa a numeração que coloco antes de cada título. Uma pergunta pertinente.

Ocorre que todo biloguista, na medida em que vai aumentando o número de artigos, fotos e textos postados começa a enfrentar uma dificuldade, no caso a de saber em que categoria se encaixam textos antigos. E ai, se tiver uma quantidade razoável de textos escritos, fica difícil procurar um deles ou para indicação para algum leitor ou para pesquisa.

Apesar dos mecanismos dos provedores para indicar categorias, isso nem sempre é suficiente. É melhor cada biloguista criar seu próprio mapa de textos e categorias. Foi o que fiz há algum tempo no aprendizado que tive no Terra -
http://vellker.blog.terra.com.br - e que refiz aqui, pois vai ser válido para os dois bilogues que passei a escrever aqui no Blogspot.

Um deles como não podia deixar, esse que agora é lido, é de política e só política -
http://cartasdepolitica.blogspot.com - e na frente de cada título segue um prefixo, por exemplo, "P11 Uma simples pergunta" como nessa postagem sendo que o "P" indica que o texto é de categoria política e "11" indica que é o décimo-primeiro texto escrito e após isso vem o título propriamente dito. O "J" de Judiciário usado no bilogue antigo foi incorporado em política, pois em última análise, faz parte disso.

Essa organização de postagens ajuda bastante na hora de organizar os textos por ordem em que foram escritos. Quaquer biloguista que já teve que classificar muitos textos que estavam fora de ordem sabe como isso é complicado.

Já no bilogue de textos diversos -
http://cartasnodia.blogspot.com - o código é o mesmo, mas as categorias aumentam e as descrevo aqui. "C" indica Cinema, indicações ou comentários de filmes. "D" indica Diversos, assuntos variados. "E" indica Estórias e contos. "R" indica Reflexões e pensamentos. "V" indica Vidas e biografias famosas.

Por esses dias ainda vou fazer um índice geral para indicar de forma imediata ao leitor todos os textos escritos, com o link em cada título. É só clicar e ir para o título escolhido.

Agradeço mais uma vez aos leitores que comparecem aqui para uma troca de idéias e para as leituras que são tão caras aos biloguistas.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

P10 Necrológios de uma guerra

Anotações de uma guerra em curso...
Necrológios podem ser feitos sobre a vida de uma pessoa e descrever como viveu e morreu. Era também uma forma de o exército americano dar para a família dos soldados mortos a notícia sobre como um dos seus filhos tinha morrido em combate. Isso fica bem claro no filme "O resgate do soldado Ryan", onde um grupo de soldados parte em missão de salvar outro.
O soldado havia sido um dos soldados que haviam participado da invasão da Normandia, no litoral da França, em 6 de junho de 1944, numa das maiores batalhas que o mundo já viu. As baixas foram enormes e os soldados americanos tiveram que vencer metro a metro o fogo das metralhadoras e artilharia alemãs. Cada metro de terreno conquistado, custava a vida de dezenas de soldados.
Os feridos eram atendidos com os socorristas e médicos atuando também sob fogo inimigo. A maioria deles, ao socorrer seus companheiros de luta também se feriu ou morreu. Depois do fim dos combates, quando os soldados americanos puderam enfim ver a praia conquistada, puderam também ver claramente as baixas que haviam sofrido.
Imediatamente começou o serviço de identificaçãos dos corpos e a cada soldado identificado, seu nome era enviado para o setor encarregado de redigir as cartas, com boa parte da vida do soldado descrita pelos seus comandantes.
Em geral as cartas faziam uma descrição breve do acontecido e eram entregues pelo setor de comunicação do exército americano. Toda família que visse o carro com o emblema do exército chegando sabia que podia esperar uma notícia triste. Mães e pais ao verem o carro começavam a chorar.
Depois do dia 6 de junho de 1944, mais de 6.000 famílias receberam essa carta. Apesar do heroísmo das equipes de socorro, muitos soldados feridos morreram antes de serem removidos. Outros morreram a caminho dos hospitais de campanha. Geralmente, após o comunicado oficial, era comum as famílias receberem um carta pessoalmente escrita pelos oficiais que haviam comandado o soldado.
Uma carta da época:
Prezada Senhora Mary Parks
Escrevo com pesar para falar do falecimento do seu filho David Parks em combate. David foi sempre um bom soldado e teremos sempre uma divída de gratidão para com ele. Não temos palavras para expressar os sentimentos num momento assim, mas graças a ele pudemos atravessar uma das partes mais difíceis do combate. E se escrevo é porque ele manteve sua posição até o fim, nos dando a cobertura que permitiu que sobrevivêssemos. David sacrificou sua vida porque sabia que as nossas dependiam da atitude dele. E até o fim foi isso, um soldado corajoso e que não abandonou seus companheiros. Alguns dos soldados da companhia pretendem fazer uma visita e uma homenagem a ele e eu estarei junto com eles. Espero que apesar da dor do momento, a Sra. possa reencontrar alguma alegria nas lembranças do seu filho e mais ainda, na profunda gratidão que todos nós temos pelo gesto dele. Meus melhores votos.
Tenente Willian James

Tudo isso faz parte da história, parte das memórias de uma guerra. De uma forma semelhante, mas silenciosa, temos uma guerra acontecendo aqui no Brasil, com centenas, talvez milhares de baixas todos os dias. De forma semelhante tais baixas poderiam ser comunicadas às famílias que sofrem essas perdas todos os dias. E como seriam?

Como alguém descreveria que seu pai, sua mãe ou seu irmão morreram na verdadeira guerra que a corrupção move contra os cidadãos brasileiros, armada e municiada por esse exército de políticos corruptos que hoje infelicita a nossa nação?

Poderiam ser cartas assim:
Prezado Senhor Carlos Neves
Lamentamos informar que seu filho perdeu uma perna devido ao tratamento que recebeu no hospital público municipal de nossa cidade. Ele sempre foi um bom cidadão e um funcionário exemplar na fábrica onde trabalhava, porém como o Sr. deve saber e isso é uma tradição da política brasileira, vereadores corruptos tomam conta da administração e das verbas municipais da saúde, o que tornou o hospital desaparelhado e sem médicos para atender seu filho. Ainda tentaram improvisar talas com papelão, mas foi impossível salvar sua perna. Infelizmente, devido a essa viciada política municipal, seu filho a partir de hoje é um inválido. Esperamos que ele possa de alguma forma retomar sua vida.
Médico responsável e sem recursos
Prezada Sra. Marta Dias

Por meio desta informamos que seu marido veio a falecer no hospital público estadual. Já sobrecarregado trabalhando para completar sua pequena aposentadoria, ele sofreu um infarto enquanto trabalhava como pedreiro, função que exerceu por toda a vida, sempre competente e assíduo em seu serviço. Como a Sra. já devia ter conhecimento, a assembléia estadual permite uma corrupção sem precedentes na administração atual e além de se aposentarem de forma privilegiada, o que rouba recursos e verbas do orçamento, ainda nomeiam apadrinhados incompetentes, para não dizer desonestos, para gerirem a área de saúde. Acolhido no hospital sem recursos, seu marido agonizou recebendo apenas analgésicos. Sentimos muito pela sua perda.

Plantonista responsável e desesperado

Prezada Sra. Maria Silva

Nossas condolências à Sra. e a toda sua família pela perda de sua filha ontem no hospital público federal. Tentamos de tudo para salvá-la e tínhamos esperanças, afinal os ferimentos que ela sofreu ao ser atropelada não foram graves, mas eram essenciais os medicamentos que ela necessitava e a transfusão de sangue que teria salvo sua vida, o que não tínhamos em estoque e nem conseguimos transporte para levá-la a outro hospital. Como a Sra. deve conhecer um pouco da tradição política brasileira, nossos deputados federais e senadores primam pelo descaso com a vida do cidadão e imersos na corrupção, administram de forma desleal, eu diria mesmo assassina, os recursos bilionários que recebem do governo federal e mais ainda com as nomeações de aliados políticos ineptos e igualmente corruptos, que no final criaram o sistema público de saúde, que mais que o acidente, esse sim provocou a morte de sua filha.

Equipe médica sem esperanças Vivemos todos nós brasileiros esse drama. Na verdade essa guerra. No dia 6 de junho de 1944, milhares de soldados americanos e seus aliados desembarcaram nas praias da Normandia para atacarem um sistema que representava a tirania, a opressão e o genocídio no mundo. Foram vitoriosos.

Nós brasileiros, sofrendo todos os dias as baixas dessa guerra que a corrupção move contra nós, temos igualmente que entrar numa espécie de combate semelhante, se quisermos manter nossas vidas, mais que isso a vida da nossa própria nação.

Haverá sem dúvida mais sofrimento, mas se formos decididos, se empunharmos as armas para lutar contra esse sistema de corrupção, de degradação moral e de decomposição política que hoje nos infelicita, devemos sim empunhar as armas, sejam elas quais forem, que efetivamente nos levem à vitória. O tempo de vivermos uma ilusão, ouvindo os discursos de políticos hipócritas e traidores que falam de democracia e cidadania apenas para continuar enganando a todos já passou.

Toda guerra tem seu momento decisivo, mesmo que não seja uma batalha, mas sim a tomada de uma decisão firme. Para nós brasileiros, esse momento chegou.