quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

P28 Zona de pouso reaberta

Após alguns meses...
Depois de meses tentando reacessar meu antigo bilogue http://vellker.blog.terra.com.br/ (desculpem, aportuguesei o nome) tive a grata surpresa de vê-lo novamente, intacto, reformatado e em ordem ao que tudo indica nesses primeiros dias em que pude olhar. Mas o acesso ainda é precário. Em certos momentos nada consigo.

Em agosto de 2009 não pude mais entrar lá. E não foi porque errei a senha. Simplesmente não sei porque até hoje, mas seja lá como for, desde o dia 11 estou podendo fazer os acessos. É interessante constatar que o último registro marcava 49.423 acessos. Se bem que em certos momentos, como disse, meu acesso não se efetiva.

E ao conseguir reacessar o contador encontrei 55.306 acessos. Agradeço aos leitores que tiveram a paciência de ler os textos sem formatação e com as fotos deslocadas.

Já que a zona de pouso está reaberta, continuarei a escrever lá também, vez ou outra algum artigo a mais. O que pode ser mais interessante do que comentar as últimas loucuras dos nossos governantes?

De um lado um jurista que nada entende de material bélico e por esses dias brincando de ministro da defesa querendo comprar 36 inúteis caças Rafale da França e de quebra um mais inútil ainda submarino nuclear, com a promessa, sempre a eterna promessa de transferência de tecnologia. Desde a década de 70 que o Brasil usa radares franceses para controlar seu espaço aéreo. Perguntem se ele já sabe fazer radares. Sabe? Não. E para piorar em 1994, o governo FHC comprou um caríssimo radar da Raytheon americana, que seria a solução para a vigilância da Amazônia. E os traficantes, garimpeiros e invasores continuam fazendo tudo o que sempre fizeram no maior sossego. É claro, vigiados pelos radares do SIVAM. E daí que os radares da Raytheon estão olhando tudo? Grande coisa, não tem força aérea mesmo. Nem exército, cujos contingentes estão isolados no meio da selva, sem equipamento.

E isso tudo depois de todas as lições que tiramos do que aconteceu com a Argentina em 1982, que dependia de equipamentos franceses para lutar contra a esquadra britânica na guerra das Malvinas. E depois de esgotado seu estoque de mísseis franceses Exocet, com os quais afundaram alguns navios ingleses, ao pedirem mais material bélico para a França, que resposta ouviram os argentinos? O mais diplomático não. Disseram os franceses, que não, não venderemos mais mísseis parra vocês, nem peças de reposição para seus aviões Super Etendart, fabricados por nós franceses, pois não queremos ficar de mal coma Inglaterra, que está em guerra com vocês pois ela é nossa grande amiga aqui na Europa. E os argentinos ficaram literalmente a ver navios. Ingleses, é claro.

De outro lado, temos governos estaduais da região norte se esmurrando para pegarem verbas para a construção de usinas nucleares, enquanto crianças dos seus estados mendigam nas estradas ao mesmo tempo que suas escolas e prontos-socorros estão no mais completo abandono. Logo teremos retirantes nucleares. Já é um progresso, sem dúvida. Em seu memorável livro "Loucura Nuclear" de 1979, Kurt Rudolf Mirow já denunciava o absurdo do acordo nuclear Brasil-Alemanha que se destinava em última análise a socorrer a falida indústria nuclear alemã, construindo os reatores de Angra 1 e 2, que hoje são chamadas de usinas vagalume, que acendem e apagam.

Sem contar a produção de detritos nucleares que restam dos tubos de urânio gasto e que tem que ser estocados. A mistura radioativa inclui elementos nucleares que emitirão radiaçào por aproximadamente 24.000 anos. É isso mesmo leitor, vinte e quatro mil anos. Material altamente tóxico, altamente corrosivo, durante todo esse tempo. Claro, a imprensa que tudo descobre, não sabe onde estão estocando esse material.

Uma coisa é certa. Assunto não vai faltar.