sábado, 28 de junho de 2014

P112 A resposta

O silêncio, ao que parece, indica rendição...
Passados quase três meses do dia 31 de março de 2014, quando uma passeata de cidadãos pedindo a intervenção de Exército na atual estrutura política do Brasil chegou até a sede do Comando Militar em São Paulo e entregou formalmente esse pedido, o silêncio das Forças Armadas, ao que tudo indica, sinaliza a rendição delas ao atual sistema de poder que atualmente domina o Brasil.

Hoje o cidadão de bem vê com tristeza sua nação dominada por um poder político repleto de aventureiros. Para o ingresso nesse sistema, os requisitos obrigatórios são a simpatia ou atuação explícita no crime organizado e a fidelidade absoluta ao partido que hoje está no poder e que foi levado até ele pelo chamado voto de marmita.

Há quase um século atrás os brasileiros sofriam a coerção armada de dominadores políticos locais e eram assim obrigados a votar no poder político que lhes apontava uma arma. Era o chamado voto de cabresto.

Em 1994, ao assumir a presidência, Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, o primeiro dessa recente linhagem de traidores, criou e exatamente com esse objetivo, o programa chamado de Bolsa-Família, que apesar da propaganda tinha a exclusiva finalidade de amarrar os votos da enorme massa de miseráveis do Brasil, apenas para cumprir a finalidade da eleição e posse pelo voto. O programa foi bem sucedido, pois apesar de imerso nas denúncias de corrupção do programa de privatizações, Fernando Henrique Cardoso foi reeleito com folga.

Seu sucessor, Lula, do PT, que já havia experimentado as agruras da pobreza quando criança, soube tornar esse contingente de votos maior ainda, ampliando o assistencialismo justamente com essa idéia, a de garantir votos para os membros de seu partido, de vereadores a governadores, o que conseguiu com pleno êxito.

O Bolsa-Família hoje tornou-se o desvario de um governo, que além de estimular a indolência, sacrifica a produtividade da nação, recolhendo impostos e tributos incessantes para o sustento precário de mais de 40 milhões de brasileiros, que hoje formam um exército de famintos capaz de provocar um convulsão social sem precedentes no caso da suspensão mais do que necessária dessa esmola oficial, que na verdade é apenas a compra de votos, saudada pelo governo como "nova visão social". Com sua indústria cada vez mais batida pela concorrência internacional e com a diminuição nos impostos por ela pagos ao governo, este já se acostumou a saquear o que pode do montante arrecadado cada vez menor, tendo inclusive que apelar para o roubo do caixa e ativos de estatais como a Petrobrás, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e outras empresas controladas pelo governo. Assim o governo lança mão de todos os meios para manter uma falsa situação de "equilíbrio das receitas" apregoada pelo ministro da Fazenda, enquanto que até mesmo a chefia da Casa da Moeda já foi acusada de envolvimento com parentes em casos de corrupção..

Os que se apresentam como candidatos da oposição nada mais são do que pálidas cópias dos atuais governantes e pressionados pelo medo mas estimulados pela ambição e no fundo dedicados apenas aos projetos de poder para suas siglas partidárias, sua fortuna pessoal e de aliados, nos seus discursos acenam com a manutenção e aumento das bolsas-qualquer-coisa, no desespero da compra de votos.

Será impossível manter essa situação. Está próximo o dia em que o governo se verá sem condições de sustentar essa massa de miseráveis, que para piorar, ele e também os governos civis anteriores lançaram no beco sem saída da educação destruída, exatamente com a finalidade de tornar esses milhões de cidadãos massa de manobra dócil de qualquer partido político. Sem exceção, todos os políticos e seus partidos defendem esse programa de esmolas. Apesar de seus discursos sobre o "retomar o progresso do Brasil" suas falas refletem apenas as intruções do manual de sobrevivência dos políticos, que tem apenas uma regra, a de mentir e mentir sempre com promessas mirabolantes. 

Mesmo que o partido atualmente no poder ou qualquer sucessor seu tente manter essa bilionária concessão de esmolas para a compra de votos, a realidade vai se impôr no dia em que por absoluta falta de recursos, ele não puder mais entregar o dinheiro o que se propõe a pagar como verdadeiro suborno político desses milhões de famintos.   

Durante esses dois governos a marca maior foi a da entrega da nação a estrangeiros e a corrupção passou a fazer, de forma explícita, parte das obrigações diárias da administração pública, apenas com desmentidos veementes só para criar um disfarce de legalidade sobre seus atos. De governos municipais a governos federais, essa prática foi aceita com alegria.

Mais de um terço do atual congresso nacional está envolvido em processos criminais, um ex-governador do Distrito Federal, apesar de condenado por corrupção e que passou meses preso, agora livre já se apresentou como candidato a um cargo político, protegido por leis que visam única e exclusivamente a garantir a bandidos o acesso a cargos legislativos, onde farão o que tem feito nos últimos decênios, ou seja, legislar a favor do crime. 

Durante todo esse tempo, já sem a presença dos antigos comandantes militares que haviam participado da Revolução de 1964 e que seriam implacáveis com desvios desse tipo, os comandos das três armas passaram a apregoar o discurso da "missão constitucional" e isso durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. O Brasil começou a ver a passividade e até mesmo a cooperação de seus comandantes com os piores atos de seus governantes civis.

A chamada missão constitucional, que garantia a neutralidade das Forças Armadas no cenário político nacional seria até aceitável, se estas tivessem se limitado a observar erros administrativos ocorridos em face da ingenuidade ou erro de cálculo em grandes projetos nacionais e a punição imediata de desvios e corrupção. Mas os cidadãos mais atentos passaram aa observar por anos a fio, a concordância das Forças Armadas com atos de verdadeira traição dos governantes civis.

Ao longo dos últimos 12 anos de governo já declaradamente comunista, o entreguismo, a corrupção, as ligações com o crime organizado, a destruição diária da nação e inclusive das próprias Forças Armadas passaram a ser rotina de governo. A tudo isso a corporação militar assistiu, desprovida de qualquer reação ou sentimento de patriotismo, tomando parte até mesmo na sua própria destruição. Hoje, com a ligação aberta e declarada dos governantes civis com os militares cubanos, a facilitação da movimentação das FARC na fronteira amazônica, a redução das Forças Armadas ao nível de uma polícia de favelas e com a ascendência cada vez maior do pensamento militar cubano no Ministério da Defesa, não é mais possível falar no cumprimento de uma missão constitucional. Assim, um país como o Brasil, com 200 milhões de habitantes e 8 milhões de quilômetros quadrados, torna-se presa fácil de Cuba, uma miserável ilha de 110 mil quilômetros quadrados e 11 milhões de habitantes.

Para aumentar nossa vergonha, temos que recordar que as incursões militares de Cuba em países africanos na década de 70 foram completamente batidas pela insurgência local, enquanto que a tudo que os cubanos fazem no Brasil, os novos comandantes militares assistem totalmente passivos. Pior ainda, o Brasil, pela proteção do ex-presidente Lula e com apoio explícito do ex-ministro da Justiça Tarso Genro, deu abrigo ao terrorista italiano Cesare Battisti, alegando "razões humanitárias", enquanto que pouco tempo antes havia entregado presos ao governo cubano, os dois atletas cubanos que haviam fugido de sua delegação pedindo refúgio no Brasil. A obediência ou antes servidão aos governantes cubanos é patente. Para tornar total essa situação, Cuba hoje constrói o Porto de Mariel com máquinas, equipamento e dinheiro do Brasil, enquanto que milhares de brasileiros ficam abandonados na porta de hospitais públicos, desassistidos por uma segurança pública falida e perdidos em escolas literalmente caindo aos pedaços.  

Não poderia ser muito diferente também a ação de militares, que com uma força terrestre em frangalhos, nada podem fazer, uns por cooptação, outros por omissão e um restante idealista por absoluta falta de meios. Ao mesmo tempo assiste-se ao degradante espetáculo de sabermos que nossa Força Aérea tornou-se um táxi aéreo de políticos corruptos, aos quais obedece prontamente e nossa Marinha tem um contingente maior em Brasília, dentro de gabinetes refrigerados do que em suas bases navais, aliás secularmente sediada no Rio de Janeiro, com uma frota que é um depósito de navios sem utilidade alguma. Enquanto isso, os litorais Norte e Sul do Brasil estão à disposição do assalto de qualquer aventureiro que venha pelo mar nessas regiões.

O que se nota é um engajamento num dia a dia que leva o Brasil para um beco sem saída no cenário politico nacional e internacional, onde até mesmo a tomada de terras dos agricultores por tribos de índios, que ao mesmo tempo são abrigadas pelo governo em sua pretensão de tomada de mais de 850 mil quilômetros quadrados de terras, apoiada também por organizações internacionais, cenário onde o povo brasileiro passa a ter a legitimidade da posse de seu território contestada por países estrangeiros, que se apropriam assim, sem disparar um tiro, da região amazônica, sua pretensão dos últimos 50 anos e que vai sendo bem sucedida, coisa que durante o regime militar de 1964 a 1985 foi completamente impedida.

Restaram alguns militares idealistas como o General Augusto Heleno que a tudo isso combatem, porém sozinhos.

É notável o contraste do que ocorre aqui no Brasil com a ação de militares como os egípcios, cujos comandantes tomaram o destino de sua nação em suas mãos ao vê-la em perigo.

Homens como Castelo Branco e Ernesto Geisel deixaram um legado de honradez e patriotismo no seu comando militar e na defesa da nação como presidentes. A não ser por um abnegado grupo de idealistas que ainda resistem sozinhos, isso parece ser coisa do passado.

A nação terá pela frente dias difíceis.

Vellker