quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

P55 Festas, enfim...

Tudo bem no ano que vem...?
Fim de ano, festas...Apesar de coisas a serem comentadas, estamos na época de verificar as passagens para mais uma viagem de festas de Natal.
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Seja como for, acontecimentos do novo ano estarão aí para uma análise e mesmo acontecimentos do ano que termina merecem uma revisão. Tudo a seu tempo.
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E voltando das festas do próximo fim de semana, o mais certo é já deixar as passagens para a viagem para a festa de Ano Novo compradas.
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Saio para acertar os detalhes da viagem e para voltar no primeiro dia do novo ano escrevendo sobre como uma visão crítica nem sempre é estar errado. Talvez seja apenas a descrição do que vemos sem óculos cor de rosa.
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E o "grande sucesso militar" das autoridades e do Estado no Complexo do Alemão? Esse triste fato merece por si só um impiedoso estudo de analistas políticos e militares, mas a imprensa escreveu que "ganhamos". Verbas publicitárias é claro.
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E boas festas a todos os amigos leitores, tanto de fim como de começo de ano. E mais uma vez, agradeço pela companhia aqui neste espaço.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

P54 Os famintos

Inacreditável...
Por mais de um mês sem escrever, me surpreendo de ter retornado aqui. Agradeço aos que ainda vieram reler alguns textos. Mas dói tanto ver a nação assim, tão tomada por essa corrupção política e já entronizada no lugar da Justiça, que por vezes pensamos do que adianta ao menos ainda termos alguma indignação.
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Livros fazem falta nestes dias. Acredito que os políticos hoje em dia só leiam licitações em processo de fraude e extratos bancários. Em especial um livro como "Terra dos Homens" de Antoine de Saint-Exupery, que retrata suas memórias de piloto em terras inóspitas. E foi nessas terras que ele viu exemplos tocantes de coragem, abnegação, heroísmo. É tudo o que não vemos na política dos dias de hoje.
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Folheio algumas revitas da época das eleições na biblioteca e vejo a baixeza de antigos esquerdistas, que participaram da luta armada, que alías fizeram questão de sair por aí gritando para todos ouvirem que "eu lutei contra a ditadura". E hoje em dia, falidos, moral e financeiramente ao que parece, apóiam os mesmos partidos e ideologias que um dia pegaram em armas para combater.
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Pior ainda, já não convencendo eleitores depois de décadas de hipocrisia, fizeram o papel de adesistas e aliados de tudo o que sempre condenaram na política. Parece que estão à beira da fome. Só isso explica como se agarram às roupas dos que antes eram seus adversários políticos e ideológicos, saudando-os como se fossem grande coisa.
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Em outras fotos, vejo o desespero dos refugiados de países varridos pela fome, se agarrando no trem de pouso dos helicópteros que trazem comida querendo fugir dali. Em nada esses políticos decadentes do Brasil, das antigas e falsas esquerdas são diferentes em sua desesperada falta de compostura na bajulação em troca de algum cargo.
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Aliás são diferentes sim. Os refugiados foram atingidos por uma catástrofe, imploram comida e perdem a compostura pelo desespero compreensível de vítimas dessa desgraça. Já esses políticos, depois de décadas roubando o dinheiro público, arrancando indenizações milionárias com falsas estórias, atingidos agora pela verdadeira seca que grassou em seus comitês de campanha depois de anos de mentiras, não tem compostura nenhuma em revelar que sua verdadeira ideologia era se dar bem e sempre às custas do povo.
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Se os brasileiros algum dia doaram alguma coisa a esses refugiados de países pobres, é bem provável que eles tenham recebido menos comida nesse dia. Sabe-se lá o quanto esses políticos e seus bajuladores roubaram do depósito de mantimentos.