
No caso do Brasil, de forma triste e lamentável, nada disso é verdade. Mantém-se a farsa institucional que, desde cedo, em magistral golpe de propaganda os falsários, no caso os políticos, aprenderam a chamar de "democracia e cidadania", logo seguidos pela imprensa, na qual trataram de colocar rédeas através da posse de emissoras de rádio, televisão e jornais e conseguiram criar essa ilusão.

Os cidadãos deveriam se perguntar porque seu trabalho honesto tem sido tão penoso enquanto o dos políticos, de vereadores a presidentes é tão folgado? Porque sua aposentadoria é tão minguada enquanto que a dos políticos é tão polpuda coroando uma vida de nenhum trabalho e muita corrupção? Porque na propaganda oficial dos jornais, a vida está tão boa, mas o cidadão é roubado em seus direitos, abandonado à própria sorte na porta dos hospitais públicos, não consegue dar educação a seus filhos, enquanto que os políticos criam para eles mesmos mais direitos e privilégios, desfrutam dos melhores planos de saúde e dão educação das mais caras para seus filhos? O cidadão deveria se perguntar porque ele vive espremido em caríssimos cubículos nas grandes cidades, enquanto que os políticos vivem desfrutando de luxuosos condomínios?

Talvez a melhor definição de tudo o que ocorre nos dias de hoje, 2010, seja dada pela leitura de um trecho do Manifesto Tenentista da revolução de 1924 :
"...O Brasil está reduzido a verdadeiras satrapias, desconhecendo-se completamente o merecimento dos homens e estabelecendo-se como condição primordial, para o acesso às posições de evidência, o servilismo contumaz que, movendo-se pela mola das ambições, cada vez mais se generaliza, constituindo fator de degradação social. O povo ficou reduzido a uma verdadeira situação de impotência, asfixiado em sua vontade pela ação compressora dos que detém as posições políticas e administrativas. Dispondo de material bélico moderno, contra o qual os cidadãos inermes nada podem fazer, os dominadores tem-lhe coartado a manifestação da vontade pelas urnas, órgão legítimo pelo qual a soberania popular se exerce nas democracias...".
Acredita o cidadão, ainda, que o título que ele carrega no bolso é legítimo. É falso, visto que só serve para alternar as posições de aliados e apaniguados nessa farsa eleitoral. É falso, porque só serve para sancionar as ambições de lucro pessoal dos que melhor souberem cantar promessas de mudança. É falso porque lhe dá a ilusão de mudanças decisivas na vida política da nação, quando na verdade apenas se alternam entre um cargo a mais ou a menos, os mesmos falsários que tem como meta final de tudo apenas a satisfação da ambição pessoal, às custas do povo e da nação.
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