terça-feira, 8 de maio de 2012

P102 O retrato da obra

Todos juntos no retrato...
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Seguem juntos todos os membros do governo fazendo a obra de destruição do Brasil. Apesar do ufanismo oficial e de setores da mídia mergulhados em favores para políticos, o quadro que se percebe é outro. Desde a presidente Dilma que em triste retrato dessa política de compadres e comadres serve somente à dilapidação das riquezas nacionais em favor de uma oligarquia política até o atual partido mandante, assumidamente ex-pretenso reformador político e que veio a se tornar um dos filhos mais diletos dessa oligarquia. 
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Obviamente, seguindo sua triste sina de fingir que faz alguma coisa em favor do Brasil, nossa imprensa divulga toda semana pesquisas de opinião pública que dão conta de altos índices de aprovação dos atuais governantes. Ninguém sabe quem é perguntado sobre isso e enquanto nas cidades alguns frequentadores de shopping centers e outros de redações de jornais respondem com louvores ao entreguismo dos governantes, ficam sem voz pessoas nos mais diferentes pontos do país. Vejamos o retrato em todos os pontos do país.  
Que opinião teria sobre a administração do governo um pequeno agricultor do Nordeste, vendo o deserto em que está transformada sua pequena gleba de terra, quando que sabe que piscinas de protegidos da política federal estão sempre cheias de água enquanto que ele e sua família nem tem água para tomar banho?
Pouco abaixo, em Brasília, na casa de leis que deveria defender essa gente desvalida, nesse prédio que hipocritamente chamam assim, onde senadores e deputados se veem enredados em acusações que vão de trabalho escravo até estelionato comum e onde sempre votam leis para se protegerem, dos flagrantes, um dos maiores propagandistas da moralidade pública cai sob a descoberta de que era apenas um intermediário de um dos maiores criminosos do país, que tem inúmeros negócios com o governo federal e com governos estaduais.
Descendo e seguindo um pouco mais abaixo, chegamos ao Rio de Janeiro e vemos uma das maiores cidades do Brasil mergulhada numa epidemia de dengue e numa guerra civil, a epidemia sufocada pela grande imprensa e a guerra civil transformada na coisa mais natural de se viver. Enquanto isso, essa imprensa dá mais destaque ao atraso das obras dos estádios para a Copa do Mundo, já superfaturadas e verdadeiro festival de corrupção.
Na mesma cidade uma das tropas mais bem treinadas do país, entra em combates que em nada diferem de uma guerra de verdade, A imprensa nacional procura sempre transformar tudo isso num cenário normal da vida nacional, Enquanto isso as mesmas tropas que torturam e fuzilam presos na frente de todos, agem tranquilas com o conhecimento da secretária de direitos humanos, que vocifera contra militares que atuaram há 40 anos, ignorando o que acontece nos dias de hoje bem perto dela. Há uma explicação. Os presos do morro não são recebidos em seu gabinete e a polícia carioca não paga indenizações. De tarde ela recebe um grupo de atores que protesta contra o trabalho escravo. A secretária dos direitos humanos apóia o pedido, mas não indicia nenhum dos políticos que estão envolvidos em denúncias de trabalho escravo e a poucos metros dela. Há outra explicação para isso. São políticos que dão apoio para os chefes da secretária.
Pouco abaixo em São Paulo, as notícias veiculadas pelas empresas de jornalismo concorrentes dão conta do envolvimento da revista Veja com o crime organizado sob o disfarce de jornalismo investigativo. A revista que se lambuzou na sua propaganda auto-proclamada desse jornalismo, nada mais fez esses anos todos do que se envolver com políticos criminosos e dele obter informaçãoes para unicamente denunciar seus desafetos e proteger seus amigos políticos. Seus editores que alardeavam independência apenas transcreviam os que altos membros do crime organizado queriam que ela escrevesse para atingir seus inimigos dentro e fora do governo. Não que seus donos não gostassem dos que foram denunciados, eles eram apenas concorrentes na busca de favores e lucros. A imprensa brasileira, canalha como dizia Millôr Fernandes tenta fazer de conta que está tudo bem.
Mais alguns milhares de quilômetros abaixo e no Rio Grande do Sul, pequenos agricultores veem suas terras em processo de desertificação numa das piores secas já vistas, enquanto que por lá também segue solta a farra dos estádios. Enquanto lamentam os prejuízos, os agricultores veem seus filhos expostos ao tráfico de drogas, que trabalha beneficiado pelas leis federais que permitem inúmeras brechas à sua ação sob o disfarce de visal penal progressista. Trabalhadores e agricultores assim ou caem sob as armas dos traficantes ou sob os impostos do governo.
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Alheios a tudo isso e visando unicamente a formação de fortunas pessoais com cargos políticos, em todos os comitês eleitorais do país milhares de candidatos a assaltantes do dinheiro público disfarçados de administradores, se reunem para ver quem consegue eleger o maior número de comparsas para poder formar assim quadrilhas em cargos políticos e ver quem consegue formar a maior fortuna pessoal. Aliados de última hora, tentam de todas as formas pegar carona em meliantes mais conhecidos para conseguir mais votos.
Rindo de tudo isso, um dos maiores bandidos do Brasil, confortavelmente aninhado dentro de uma carceragem da polícia federal, cumpre a rotina conhecida desses tipo, entra na prisão, sai da prisão, mas sua fortuna milionária está garantida pelo envolvimento com membros dos governos municipais, estaduais e federais. Com grande parte de seus cúmplices enfiados dentro do congresso e das redações dos jornais, ele sabe que a prisão é só um percalço temporário, uma formalidade para satisfazer a opinião pública e logo estará de volta contando seus lucros e fechando novos negócios, senão com empresas antigas, agora com empresas novas para disfarçar.
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Esse é o miserável retrato criado pelos membros do estado democrático de direito dessa nação que um dia sonhou em ser grande.
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