segunda-feira, 29 de agosto de 2011

P79 Estrebucha, filha...

Já que chegamos a isso...
Chegamos a tal ponto nesse país atacado por todos os lados por todo tipo de bandidos, que atitudes que levam ao extermínio de bandidos já são plenamente justificáveis. Já que chegamos a tal ponto ou pelo menos os acontecimentos diários nos levam à constatação de que não fica tão deselegante pensar assim, haja visto os tempos que estamos atravessando nesta nação, com total inversão de valores.
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Na foto acima vemos o treinamento de policiais da ROTA em São Paulo, um grupo conhecido pela sua capacidade de combate ao crime. Na foto abaixo vemos a nacionalmente conhecida imagem de um assaltante, Tiago Silva de Oliveira, agonizando após troca de tiros com policiais depois de ter feito um assalto em São Paulo. Com a divulgação do vídeo, ficou celébre a expressão do policial que chega para atender a ocorrência com uma frase dita no calor do momento.
Imediatamente levantaram-se os clamores dos intelectuais e entidades de defesa dos direitos humanos em rádios, televisões e jornais condenando o acontecido. Essas entidades que hoje mais se assemelham a grupos de pressão política a favor dos bandidos já deixaram de ser representantes do que uma sociedade pode ter de modos civilizados ao lidar com a questão do crime, parecendo hoje a todos inextricavelmente ligadas aos criminosos. Com sua eterna e incondicional defesa dos criminosos, já repugnam a todos. Uma coisa é certa, de graça é que não vão trabalhar.
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Na foto abaixo vemos o assaltante que sobreviveu, Diego Arruda Ramos, que hoje aparece fazendo o discurso de coitadinho, dizendo que foi humilhado durante 40 minutos. Se os policiais fossem tão maus quanto ele diz, ele teria sido executado 4 minutos depois que eles chegassem. Mas com esse discurso de coitadinho, além de ser uma excelente marionete para seus amigos dos direitos humanos, ainda tenta cavar uma indenização. Depois de ser baleado ao participar de um assalto, ainda se arroga o direito que teria de ser tratado como se fosse um hóspede de um hotel. Ele se declara borracheiro, mas não explica se fazia assaltos nas horas de folga.
Enquanto o caso é divulgado, alguns repórteres, alguns intelectuais e alguns defensores dos direitos humanos, os mesmos que nunca vemos em ocorrências policiais, (porque sabem que bichos estão defendendo), que nunca aparecem nas cenas de latrocínios, estupros e tudo mais prometendo assistência e defesa para as vítimas, aparecem na frente das câmeras e em estúdios de televisão à beira de um ataque de nervos, exigindo rigorosíssima apuração dos fatos, punição implacável para os responsáveis e é claro, se possível, fica no ar a idéia de uma indenização para o sobrevivente.
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É provável que a maioria das pessoas que tem notícia do caso ache a atitude dos policiais a mais correta e justificável. Porém como alguns ainda ficam em dúvida escutando o discurso dos defensores dos direitos humanos para os quais bandido bom é bandido vivo (afinal esse paga honorários), selecionei imagens de alguns casos de crimes celébres, para que os leitores possam vê-las, rememorar o acontecido e imaginar qual a última frase que esses criminosos talvez tenham dito para suas vítimas agonizantes.
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2002. A população toma conhecimento de que Suzane von Richthofen e os irmãos Cravinhos, um deles seu namorado, foram denunciados como autores do assassinato dos pais dela, atacados enquanto dormiam, sem a mínima chance de defesa. Suzane arquitetou o crime querendo se apossar dos bens dos pais. Um dos irmãos comprou uma moto logo após o crime com dinheiro roubado do quarto do casal assassinado. Quais as últimas palavras que eles podem ter dito para o casal agonizante?

2007. Presos depois de descobertos em seu esconderijo, os assaltantes dos pais do menino João Hélio são apresentados pela polícia carioca aos repórteres. Durante o roubo do carro, os assaltantes ignoraram os pedidos da mãe para soltar o filho caído no chão preso no cinto de segurança e arrastaram a criança por 7 quilômetros, deixando seu corpo completamente destroçado. Um motoqueiro que tentou avisá-los recebeu como resposta gritos de deboche. O que terão dito ao verem o corpo de sua vítima?
2008. O casal Nardoni chega preso depois que foram denunciados pelo promotor encarregado do caso como assassinos da menina Isabella Nardoni, de 5 anos de idade, cujo pai Alexandre Nardoni, a jogou pela janela do apartamento no 6.º andar. Pela reconstituição dos fatos, haviam tentado sufocar a menina no carro, depois decidiram jogá-la pela janela e simular um assalto. Quais a últimas palavras que Isabella deve ter ouvido de seus assassinos?
2011. A juíza Patrícia Lourival Acioli, combatente do crime organizado e jurada de morte termina executada ao chegar em sua casa com 21 tiros. Sempre combatendo e penalizando os membros de milícias e traficantes que eram levados a julgamento, Patrícia notabilizou-se pela sua coragem, mesmo ameaçada, defendendo a população ao sentenciar os criminosos a penas severas. Podemos imaginar as últimas palavras que os criminosos lhe disseram enquanto recebia os disparos.
Óbvio que num país cheio de problemas como o Brasil, com os policiais sempre imersos numa rotina de sobreviver a perigos que vem de onde menos se espera, de socorrer colegas baleados no dia a dia de patrulhas, de mesmo mostrarem no corpo as cicatrizes de balas recebidas na troca de tiros com criminosos e de se lembrarem dos últimos momentos de vida de colegas caídos mortalmente feridos por armas de criminosos, claro, a reação deles não poderia ser outra.
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E nem deveria ser outra. O certo é deixar claro a criminosos que partem para o latrocínio que a parada é dura, as chances de sobrevivência são poucas e o castigo é certo.
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Socorro?
Tratamento decente? Nada disso. Já vão partir para o crime sabendo o que os espera ao serem capturados ou baleados. O mesmo tratamento que deram às suas vítimas. Sem piedade, sem compaixão. Entrou nessa vida, sabia onde estava entrando. Entrou na chuva, é para se molhar.

É difícil crer que depois dessas duas décadas de absurdo garantismo penal, que não faz mais o mínimo sentido, com centenas de milhares de vítimas de todo tipo de crimes, como latrocínios, sequestros, estupros, tráfico de drogas, ainda exista um grupo de amigos de bandidos que nada mais fazem do que entoar sempre no conforto dos estúdios de televisão, a cantiga de que os policiais são maus e os bandidos apenas seres sociamente incompreendidos.
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Pior ainda, foi esse garantismo que permitiu o assalto de corruptos aos cofres públicos com o roubo de dezenas de bilhões de reais, aumentando as disparidades sociais e ferindo gravemente a nação. Se esse garantismo penal serviu para abrir as porteiras para centenas de milhares de criminosos do pior tipo, qual é o problema? O problema é do cidadão comum, que paga com a própria vida por isso.
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Garantismo penal que em última análise foi criado enquanto repórteres que depois vieram a entrar na fila das indenizações fazendo o papel de "coitadinhos perseguidos pelo regime militar" enchiam páginas e mais páginas defendendo o garantismo penal sem limites. Isso é que serviu de gancho para os mais variados vagabundos legislativos, desde municipais até federais criarem códigos penais e leis de administração que visavam garantir isso sim, a sua própria impunidade e a de seus cúmplices no verdadeiro paraíso de corrupção em que se tornou o Brasil, tudo sob o pretexto das "garantias democráticas".
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Exclusão social e pobreza são sim chagas sociais do Brasil, mas não são passaporte para as pessoas saírem matando, na maior parte das vezes de forma fria, escarnecendo do sofrimento de suas vítimas, para depois, quando são pegas, correrem atrás desses grupos de defesa dos direitos humanos somente para bandidos, enquanto que o cidadão de bem fica caído numa poça de sangue na esquina.

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Com esses absurdos, muitos desses repórteres, intelectuais e defensores dos direitos humanos para criminosos conseguiram aumentar em muito o número de cruzes nos cemitérios de todo o Brasil. Cúmplices dos assassinos, posam de grandes heróis "democráticos", alguns escrevendo em confortáveis apartamentos no exterior, longe dos tiroteios dos quais fazem questão de ficar bem longe.
Enquanto isso, sabe-se lá em quantos lugares, na medida do possível, os policiais chegam na cena de mais uma troca de tiros com bandidos e dizem o que deve ser dito:
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- Estrebucha, filha...

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