quarta-feira, 24 de abril de 2013

P110 A África branca

A foto abaixo é do Brasil ou da África? É, você não consegue dizer...
Voltando aqui depois de muito tempo, vou escrevendo os últimos textos para fechar este espaço, ou escrever raramente, mas é necessário deixar mais algumas observações sobre o que vivemos no nosso país nos dias de hoje. 

Até 1985, apesar de seus problemas, o Brasil parecia se encaminhar para o que se pode chamar de clube geoestratégico do mundo. Seria poucos anos depois uma potência regional em termos militares e políticos e avançaria rapidamente para a resolução de seus problemas econômicos, com o que se colocaria em definitivo numa posição privilegiada no hemisfério Sul. 

Naquele ano o General Leônidas Pires Gonçalves entregava o poder aos civis, encerrando o ciclo militar, que havia se iniciado em 1964 encontrando um Brasil de enxada mas nãos e havia terminado em 1985 deixando o Brasil com usinas hidrelétricas, estradas e ferrovias, redes de comunicação, sistemas de satélites e uma promissora indústria bélica, que já exportava veículos militares, tanques, aviões, sistemas de mísseis e já abria caminho para ter seus próprios foguetes lançadores de satélites.

Hoje, 28 anos depois em 2013, nenhum leitor é capaz de dizer se o homem da foto, armado com um fuzil AK-47 é um soldado das guerras civis africanas ou se é um soldado do tráfico que tranquilamente cuida do seu território no Rio de Janeiro. Esse é o Brasil que as lideranças civis legaram para os brasileiros com sua total e absoluta corrupção, que não conhece freios e já colocou o Brasil na rota da destruição como nação, que talvez por muita sorte ainda possa ser evitada.

Os casos de corrupção que começaram a crescer no primeiro governo civil a partir de 1985 com José Sarney então empossado como presidente no lugar de Tancredo Neves, prosperaram sob o governo de Fernando Collor de Melo, tiveram a total desatenção de Itamar Franco, foram reavivados sob o governo de Fernando Henrique Cardoso, onde o Brasil foi novamente repartido numa nova versão das capitanias hereditárias, com a entrega de tudo o que havia sido construído para estrangeiros nas privatizações, sob a propaganda de "uma nova visão econômica" e sob a liderança de Lula a corrupção encontrou alimento farto e assim continua sob liderança da presidente Dilma, onde corruptos denunciados há tempos e até presos por desfalques nas instituições públicas nacionais, que vão desde a Previdência até a Casa da Moeda continuam não só impunes como ainda por cima consquistaram posições de comando dentro do falido Senado onde fazem com o dinheiro público um verdadeiro leilão e mercado em troca de posições administrativas e de ganhos pessoais, onde aumentam sua já imensa fortuna. nunca conseguida por meios lícitos, mas sempre pela corrupção.

Não conseguiram isso sozinhos, pois a lamentável atuação dos meios de comunicação no Brasil mostrou que os militares tinham toda a razão quando diziam não gostar de jornalistas não pelo que escreviam mas pela sua falta de caráter, sendo que o jornalismo brasileiro, assim que se viu livre da censura imposta pelos militares, em muitos casos merecida, partiram para a venda e aluguel de suas editorias, trabalhando contra todos os interesses da população brasileira e vendendo-se a todo tipo de políticos corruptos e empresas estrangeiras que mais pagassem pelas suas redações, sob o disfarce da "liberdade de imprensa". 

Nos governos civis instituiu-se como valor maior da atividade política a corrupção e com isso a nação que os brasileiros haviam construído no perído revolucionário de 1964 a 1985 foi progressivemente retalhada e vendida a estrangeiros a preço de liquidação, beneficiando economistas que haviam sido esquerdistas autointitulados "defensores do povo" e que depois de receberem uma parte do dinheiro da venda, partiram para novas empreitadas criando bancos de investimentos, sempre escorados no dinheiro público, com o que criaram grandes fortunas saqueando o povo que um dia disseram "defender".

Hoje também são perdidos bilhões de reais a título de ajuda social para milhões de desvalidos, em especial nas regiões secularmente assoladas pela seca no Nordeste, seca que é agravada pelas também seculares dinastias familiares que vivem somente da corrupção, da fome e da miséria dos seus concidadãos, sendo coisa já considerada normal pelas famílias dominantes e que nada mais é do que um sistema de sequestro de votos, iniciado no governo de Fernando Henrique Cardoso, coisa que seus bajuladores políticos e jornalistas alugados anunciaram como "resgate de dívidas sociais" e que tornou cativos os auxiliados, que esmagados pela pobreza extrema, pela falta de educação e oportunidades e pelas dificuldades sem fim que enfrentam, se rendem a esse crime cometido contra um povo desvalido.

Seu sucessor no governo, Luís Inácio da Silva, vulgo Lula, apesar de ter conhecido as agruras da fome e talvez por isso mesmo, soube utilizar de forma mais perversa e requintada esse sistema de sequestro de votos, aumentando a assistência do governo aos pobres e miseráveis, que esgotados pela miséria, se renderam de vez a esse truque para o governo aumentar seus votos, pois ao mesmo tempo em que um exército de miseráveis é cooptado pela fome iminente para votar a favor do governo, seus aliados que distribuem a ajuda, dispõem da facilidade alistarem até mesmo milhares de cidadãos que não existem embolsando assim a ajuda dada pelo governo, porém isso é de grande valia para os governantes, pois além de manter os miseráveis subjugados, mantém também seus aliados políticos, que nunca são nem questionados e nem auditados nas concessões que apresentam ao governo. E tudo isso é mais uma vez elogiado pelos seus bajuladores e jornalistas vendidos ao novo patrão.

Assim a nação perde duplamente. Os estados do Sul, mais progressistas, carregam nas costas o peso de tributos e impostos sem fim para sustentar esse sistema de sequestro de votos, enquanto que os cidadãos do Nordeste, sem outra outra forma de escapar da miséria, se rendem e entregam seus votos e cada cidadão cooptado constitue uma forma de contágio da corrupção, que tudo cobre e tudo mancha onde chega.

Ganham os políticos de dinastias corruptas, ganham os padres que abençoam com sermões essa forma de rendição à corrupção, pois já tendo recebido seu salário e sua comida da sua diocese, tratam de minar qualquer idéia de resistência ou mudança em seus fiéis, que secularmente perdidos na ignorância, tudo acolhem como vontade divina.

Durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, foi iniciado o programa de desarmamento do povo brasileiro sob o disfarce, mais uma vez propagado com todos os ardis por sua tropa de jornalistas a soldo do governo, de uma nova era de paz e contenção da violência e tudo o que se viu foi a explosão da criminalidade e a tomada de assalto de posições dentro do judiciário e do legislativo pelo crime organizado, enquanto que até mesmo cidades inteiras são assaltadas por bandos armados, enquanto que os policiais correm para fora da cidade para continuarem vivos. Os cidadãos que armados poderiam fazer frente ao crime, hoje desarmados são vítimas indefesas, trancados dentro de suas casas. Seu sucessor, Lula, por ter sido retirante das regiões da seca e ter visto como os cidadãos são esmagados pelo poder armado dos políticos dominantes, apertou mais ainda o desarmamento da população, que hoje é executada ao bel prazer dos bandidos, pois Lula sabia que um povo desarmado é mais facilmente vítima de qualquer governo corrupto           

Nesses mesmos governos civis, a partir de 1985 foram criadas  as diretrizes básicas para a destruição da educação, para que sem formação cívica e intelectual milhões de brasileiros vissem sua nação roubada e saqueada sem nada entenderem do que acontecia e ainda acontece, enquanto que os jornalistas de aluguel posando de "combatentes da ditadura" e cujo combate nada mais foi do que entregarem todos seus cúmplices ao serem presos, depois de receberem vultosas indenizações pelas seu falso "heroísmo" votadas por políticos aliados e governantes interessados em seus editoriais, punham-se a escrever falsas glórias desses mesmos políticos e governantes para depois serem presenteados com nomeações em órgãos públicos.

Num ambiente desses, como não poderia deixar de ser, a educação básica tornou-se refúgio de criminosos mirins, que cometem todo tipo de crimes desde tráfico de drogas até assassinatos dentro das escolas e são protegidos por padres que ostentando a pose de protetores dos menores em suas pastorais e  ladeados por desembargadores que defendem o crime, volta e meia aparecem nos jornais envolvidos em escândalos sexuais e ao mesmo tempo foram de grande valia para os criminosos crescerem e se organizarem em facções criminosas, com suas pastorais carcerárias auxiliadas pelas organizações de direitos humanos, outra alavanca que os criminosos usaram para se tornarem o que são hoje. Condoídos com  a sorte de todo tipo de traficantes, latrocidas e assassinos, padres e organizações de direitos humanos dirigidas pela hoje famigerada OAB jamais deram um único apoio ou palavra de conforto que fosse para as milhares de vítimas desses criminosos,  porque ajudar as vítimas custa dinheiro e isso deixam para o dinheiro público socorrer e enquanto as famílias vitimadas pela ação desses criminosos passam fome, padres e advogados defendem como direito inalienável dos criminosos receberem um auxílio mensal maior que o salário mínimo, premiando assim de forma incontestável o crime e fechando a porta de suas igrejas e escritórios para os filhos desvalidos das vitimas dos criminosos.

Ninguém sabe quantos auxílios-reclusão são concedidos,  pois tudo é mantido em sigilo e nenhum jornalista se interessa em verificar isso pelo simples motivo de que nenhum deles quer desagradar o governo e nem seu patrão e acima de tudo os antigos e corajosos "combatentes da ditadura" querem continuar vivos, mas uma auditoria nesse absurdo auxílio, criado no governo Collor e que premia o bandido com salário mensal e deixa as famílias das vítimas sem socorro revelaria inacreditáveis diferenças entre o número de presidiários e o número de auxílios concedidos.

E é nesse cenário que os bispos do Brasil manifestaram sua rejeição à diminuição da idade para responsabilidade criminal depois do assassinato de um estudante indefeso por um menor de idade, que poucos dias depois foi levado para uma delegacia para um confortável período de internato numa das mais viciadas instituições de acolhimento de menores culpados pelos piores crimes, onde sob as vistas dos padres e advogados, assassinos e estupradores de todos os tipos tem até festinhas de aniversário com direito a bolo e presentes, enquanto as vítimas amargam o total esquecimento. 

Na educação superior, com o sistema de cotas, qualquer competência técnica dos brasileiros, já severamente arruinada nesses 28 anos de descalabro, viu-se de forma inequívoca acabada e o resultado tem sido a diplomação de levas de profissionais superiores completamente inabilitados para as funções em que supostamente foram formados, enquanto que nas mais antigas universidades do Brasil, os alunos acostumaram-se somente a participar de campeonatos de alcoolismo e a sair em passeatas a favor da liberação das drogas.

Para coroar este triste cenário, em recente acontecimento, todos os ex-ministros da Justiça dos governos desde a saída dos militares, foram em grupo apresentar formalmente ao Supremo Tribunal Federal, uma petição assinada por todos eles para que de agora em diante os consumidores e possuidores de todo tipo de drogas não sejam nem denunciados e nem indiciados criminalmente. Nesse nível ninguém toma uma decisão dessas do dia para a noite, isso exige anos trabalhando a favor disso. Analisados os fatos, defendem assim em última instância, os traficantes de drogas, cujas fortunas conseguidas às custas de milhares de mortes é sabido há muito tempo, compram facilmente aqueles que consideram a justiça apenas uma formalidade.

Neste cenário legado por todas essas instituições falidas e infiltradas pelo crime de dentro para fora, por todos esses políticos e magistrados que fizeram da corrupção seu valor maior, nação nenhuma consegue subsistir. Tudo o que fizeram foi espalhar o crime, a selvageria e a corrupção em todos os níveis e em todos os poderes, usando sempre o disfarce de "uma nova visão social".

O Brasil terá mesmo muita sorte, se com tudo isso, conseguir escapar do destino de se tornar uma África branca, onde bandidos de todos os tipos e em todas as cidades andarão aos bandos saqueando e matando quem bem entenderem, poupando apenas seus defensores como hoje acontece, pois no meio da lista de milhares de brasileiros comuns, abatidos em assaltos e crimes de todo tipo, nenhum padre, advogado dos direitos humanos, políticos ou magistrados aparecem, a não ser os raros que ousaram desafiar toda essa estrutura criminal.

Esse é o Brasil dos dias de 2013, que as lideranças ditas civis começaram a construir em 1985, com a repetição incessante de que trariam democracia e cidadania para o povo.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

P109 Perdeu policial, perdeu cidadão

Perderam e perderam feio...
Comecei a escrever este texto há coisa de um mês atrás, mas parei. Em certos momentos as notícias nos chocam, em especial quando percebemos que tudo o que podia destruir nossa nação aparece a cada dia nos noticiários As notícias se sucediam de tal forma e com tal rapidez que a constatação é só uma: o que chamamos de sociedade perdeu e perdeu feio para o crime porque permitiu que ele crescesse com sua leniência.
A polícia, em especial a temida Rota, hoje está de joelhos frente ao crime organizado. Perdeu. Ainda por cima a derrota dessa corporação se reveste de um significado especial pois ela teve enfiada goela abaixo pelo crime organizado uma verdade simples, mas estarrecedora: A Rota é só um quartel no centro da cidade de São Paulo e o crime organizado domina vários estados, tem quartéis em todos os lugares e soldados letais nos seus ataques. A Rota também, mas e daí parecem dizer os bandidos. Se ela pode, eles também podem e podem até mais. Criminosos incendeiam ônibus no Paraná e em Santa Catarina e além disso fuzilam desafetos em ataques coordenados. E a Rota faz o quê? Nada. É a única e terrível coisa que ela descobriu, não pode fazer nada, a não ser ficar no centro de São Paulo vendo tudo acontecer. Para deixar o quadro mais grave, o número de policiais que pedem demissão aumentou nesse ano. Desmotivados com todos os problemas que tem na profissão, saem. Os que ficam se submetem à rotina de terem de revezar coletes, usar equipamento sucateado e irem para casa com roupas civis, escondendo a identidade de policiais. Alguns mais cautelosos, depois da onda de execuções de policiais de folga em suas casas, passaram a se ocultar na casa de parentes. Não parece uma exibição de vitória.

Os cidadãos paulistas ou a sociedade desse estado como dizemos, se descobrem abandonados à própria sorte por um governo vacilante, que só se preocupa em manter seus negócios particulares funcionando e rendendo muito, não tem compromisso nenhum com o cidadão e nem quer ter. E de mais a mais, como os cidadãos desse estado e dessa cidade de São Paulo foram politicamente incultos, temerários e de visão mesquinha o suficiente para votarem nesses criminosos de paletó e gravata durante quase 20 anos, aceitando uma espécie de suborno político de supostas vantagens oferecidas como presente, que na verdade só serviam a seus propagandistas, merecem o que estão passando e muito mais. Perderam porque se preocuparam apenas com o famoso jeitinho e a  malandragem política e jurídica, com a politicagem da obediência  de currais eleitorais e com seus sagrados direitos de ficarem impunes em muitos crimes de todos os tipos, de dirigirem bêbados provocando acidentes a serem pegos com drogas e ainda assim serem agraciados com leis lenientes, praticamente cúmplices do crime, pois isso era uma das vantagens com que seus candidatos lhes acenavam. Se isso durante anos abriu portas e caminhos para criminosos, isso não interessava ao cidadão. O resultado está aí. Perdeu.
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Vellker
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quinta-feira, 11 de outubro de 2012

P108 Vai ser difícil

O rumo do povo...
Uma pequena foto do tempo das diligências nos dá uma idéia clara da direção em que segue nossa diligência política. Mais do que isso, como ela segue, pois sem rumo já está faz muito tempo.
Os políticos seguem felizes, seja lá para onde for, confortavelmente aboletados no comando da diligênci e mantém os cavalos na rédea curta e alguns até mesmo se vangloriam de aplicarem castigos aos eleitores rebeldes, enquanto descem o relho político em seus lombos. 
O povo brasileiro, feliz com a democracia que cresce pelo Brasil todo, não parece achar nem um pouco ruim que tenha que carregar os políticos como animal de carga, com o relho estralando em seu lombo.
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Tal qual os bichos que de verdade puxam puxam diligências e carroças pelo mundo afora, o povo brasileiro parece se sentir feliz no seu papel de animal de carga e até lambe os beiços quando fala da "democracia" em que vive.
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Dificilmente este país conseguirá escapar dessa situação.
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Vellker
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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

P107 A lógica da perplexidade

É difícil acreditar...
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Após um longo tempo sem escrever neste espaço peço desculpas aos leitores que tenham vindo aqui. Porém a sensação que toma conta dos que observam o cenário político e social atual do Brasil é por demais opressiva. 
Hoje a cada dia aumenta o abismo formado entre o que podemos entender como nação, com seu patrimônio humano e material e a classe que deveria governá-la com lealdade, decência e coragem e sempre lutando pelo bem comum e pelo progresso nacional. Porém o contrário disso é que tem acontecido.
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Hoje nossa nação está submetida a uma organização política, social e ideologicamente criminosa que a si mesma se refere como "governo federal" e sob sua vigilância e incentivo, o crime político e comum avança a passos rápidos. Por crime político entendo a verdadeira traição a qualquer princípio de defesa e progresso da nossa nação, traição que hoje é cometida pela classe política em todos os níveis, mergulhada de livre e espontânea vontade em colossal corrupção. 
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A tudo isso o governo federal, com seus cúmplices nas administrações estaduais e municipais assiste impassível porque é dessa traição que resultam seus maiores lucros, que se traduzem na fortuna pessoal de seus membros conseguida pelos milhares de atos de corrupção disseminados por todo o território nacional, protegidos por leis que foram criadas exatamente para facilitar esses crimes, enquanto que ao mesmo tempo se alimenta de um falso prestígio dado a seus membros por jornalistas e praticamente toda a imprensa nacional, de há muito cooptada por vantagens e acima de tudo pelas suas amizades com os antigos esquerdistas hoje no governo. 
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A vida intelectual há muito deixou de existir, com os ditos intelectuais também cooptados pelo poder tendo como única e exclusiva preocupação defender o consumo de drogas. A isso se reduziu a também auto-intitulada "intelectualidade" do Brasil, sempre brandindo uma falsa bandeira de uma "moderna" visão social, que na verdade nada mais é do que o apoio dissimulado aos cartéis de traficantes de drogas. A eles juntam-se de forma fatal para a nação, juristas que em completo esquecimento de qualquer ideal de justiça que um dia tenham tido, se é que o tiveram, também aplaudem o tráfico de drogas e pior ainda o facilitam com suas decisões favoráveis aos criminosos, tudo também sob uma falsa bandeira de "nova visão jurídica". 
O Brasil hoje é encaminhado pelas atitudes criminosas dos detentores do poder  ao destino miserável por que hoje passa o continente africano, assolado por uma pobreza que se já era secular, foi de forma definitiva aumentada nas proporções de uma tragédia continental exatamente  porque aos seus governantes locais de época recente foram dadas as facilidades para o cometimento de crimes em escala nacional como hoje o fazem contra o próprio Brasil as classes política e jurídica, que preferem manter seus privilégios mesmo que às custas da destruição da nação.
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Retratos semelhantes da pobreza africana hoje existem pelo Brasil inteiro, notadamente na situação das centenas de cidades nordestinas assoladas pela seca, enquanto que a poucos quilômetros de distância, bilhões de reais são gastos na construção de estádios inúteis e na voragem de obras cobertas de denúncias de fraudes e desvios de verbas para abrigarem jogos de uma copa do mundo que jamais deveria ser sediada aqui, mas como isso atraia votos na eleição passada, foi considerado pelos detentores do poder como peça chave na manipulação de apoio político.
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Nada pode ser mais degradante do que a plena e total submissão dos antigos esquerdistas a estrangeiros, sendo que sempre escreveram em suas falsas biografias que haviam pegado em armas exatamente para defender o Brasil disso. Hoje, nas principais cidades do nosso país, cidadãos suícos membros da organização encarregada de cobrar os estádios, passeiam tranquilos dando ordens do que querem que seja construído e como deve ser construído, o que no final só vai beneficiar a riqueza de sua organização também afundada em denúncias no mundo todo.
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No entanto, esses cidadãos de um dos países mais ricos do mundo são recebidos com honras de chefes de estado e a eles todos os membros da classe política prestam vassalagem, pois é daí que retirarão sua fortuna pessoal, de obras sem controle e superfaturadas por um governo que mesmo vendo o desespero e necessidade dos flagelados em diversas regiões, torna-se submisso e cúmplice desses estrangeiros que hoje governam mais do que os políticos locais. A eles são dadas todas as facilidades e honras enquanto que o povo brasileiro morre na porta dos hospitais públicos.      
Nas grandes cidades, milhões de pessoas perdidas e tocadas pela necessidade do trabalho diário pela sobrevivência e manipuladas por essa imprensa que sempre disse defender a liberdade de escrever mas nunca disse defender que a verdade fosse escrita, não conseguem se coordenar nem entender verdadeiramente o que se passa e seus passos dia a dia são guiados para um futuro sombrio e cada vez mais difícil.
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Manipuladas pelos partidos políticos como se fossem gado, incapazes de entenderem a tragédia que se abate sobre a nação, caem inertes nas grandes metrópoles depois de horas perdidas dentro de transportes urbanos precários, com salários irrisórios e no final do dia sua rotina se resume a voltar para as periferias de onde sairão na próxima madrugada num eterno ciclo sem fim, enquanto que os representantes do poder outorgam para si mesmo vantagens e privilégios sempre retroativos a anos e anos passados, que por leis votadas entre eles mesmos são pagos de uma só vez, o que lhes rende fortunas instantâneas que um cidadão levaria anos trabalhando para conseguir.  
A situação de descaso e traição da nação chegou a tal ponto que somente um choque político radical será capaz de reverter a situação.
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Aos culpados por tudo isso, outra não pode ser a punição que não a pena capital, coisa que a História tem demonstrado que de ciclos em ciclos ocorre, ainda que de forma inesperada.
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É isso o que hoje é preciso ocorrer no Brasil.
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terça-feira, 10 de julho de 2012

P106 A lógica perversa

Pela lógica da política de hoje...

Prosseguem nestes dias as ações de um governo pautado pela lógica perversa de enganar, fraudar e mistificar informações para a grande massa de milhões de brasileiros, tentando parecer um governo orientado para o bem da nação brasileira, quando na verdade é o contrário. Interessa ao governo, desde sua mandatária maior até seu menor ministro apenas o bem próprio, tanto de seus partidos como de seu próprio patrimônio, essa é a triste verdade dos dias de hoje.
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É necessário que o brasileiro nos dias de hoje perceba que para os partidos atuais, tanto no poder como na oposição, o que chamamos de bem estar da população, progresso da nação e mesmo sua soberania, para eles são apenas moeda de troca entre si e em barganhas com estrangeiros, sempre favorecidos às custas do povo brasleiro.  
Nos últimos meses chegaram a ser tragicômicas as seguidas declarações do ministro da Fazenda sobre o "crescimento econômico", que vão sendo duramente desmentidas pela realidade visível no dia a dia do brasileiro. Mistificações como as propagadas pelo governo e por sua equipe de jornalistas sempre cooptados com favores pelo poder político e econômico instilaram até pouco tempo atrás na população, um falso senso de grandeza com a repetida conversa de "sexta economia do mundo" que na verdade é baseada apenas em exportação de minérios e na mera transação de ítens importados entre a população, que crente em tudo isso, correu a endividar-se e hoje está inadimplente. Para aumentar suas estatísticas, o governo declarou como parte da  nova classe média brasileiros com ganhos de até 300 reais, o que engloba até moradores de rua. Tudo para inflarem as falsas estatísticas governamentais de "progresso econômico" e "ascensão social".
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Mostrando um estranho zelo pelas finanças públicas, o ministro declarou para a imprensa que investimentos em educação "quebrariam as contas do governo". O zelo do ministro em dar um tostão que seja para a educação não se aplica para movimentar a fantástica máquina que tem em mãos para coibir desvios, fraudes e o favorecimento a grandes montadoras estrangeiras. 
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Hoje já sem mais alternativas que não a de colocar a verdade nos índices de crescimento econômico revisados para baixo, nas entrevistas o ministro apela para diversos termos técnicos e respostas evasivas na tentativa de ao menos minimizar as cores negras do cenário que vai surgindo no horizonte e ao mesmo tempo tenta favorecer as grandes montadoras estrangeiras, com o uso de dinheiro público para financiar planos de expansão de uma indústria, que além de trazer apenas mais gastos aos brasileiros nenhum proveito lhes dá, já que vive de subsídios governamentais enquanto posa de iniciativa privada. Com a ajuda a esse ramo industrial já visivelmente esgotado, o governo perde dinheiro e favorece bilionárias indústrias estrangeiras, mas próximo das eleições tudo é válido para dar a impressão de economia em movimento. 
Há pouco tempo atrás, a presidente Dilma, em grande bravata, apareceu nos meios de comunicação em rede nacional, forçando a baixa política dos juros, tentando parecer a heroina que enfrenta os grandes grupos econômicos quando na verdade os favorece, haja visto que nenhum impedimento é colocado a grupos estrangeiros na  arrecadação até mesmo fraudulente de lucros e remessa deles a suas matrizes, coisa que era a principal crítica dos antigos esquerdistas como ela em décadas passadas. Agora no poder, age da mesma forma que os governos que criticou como "vassalos do imperialismo" como era o costume das esquerdas até pouco tempo atrás.
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Pior ainda, em recente evento estendeu as mãos para serem beijadas por Paulo Maluf, considerado em anos passados por ela e sua tropa de amigos da antiga esquerda comunista como o mal em si, o pior representante da corrupção, do entreguismo e do imperialismo e contra o qual gritavam e pulavam nas ruas agitando suas bandeiras vermelhas. Hoje, no poder e se aliando a ele tentando salvar a candidatura de seu medíocre candidato à prefeitura de São Paulo, Dilma e Maluf descobrem que afinal, mais do que compartilharem simpatias, comem no mesmo prato político a comida preparada e servida por Lula, antes desafeto mortal de Maluf durante décadas enquanto posava de "aliado do povo". 
O Brasil de hoje vai se reduzindo gradativamente a uma jazida mineral habitada por cidadãos cuja única ocupação é operar máquinas para extraírem e exportarem todo dia milhares de toneladas de minerais riquíssimos por um preço irrisório para proveito de outros ou então trabalharem no agronegócio sempre exportando a maior parte do que produzem enquanto nas cidades o espaço econômico mingua e o cidadão começa a temer pelo seu futuro. Assim batido por outros povos cujos governos realmente defenderam sua educação e sua soberania, a nação fica cada vez mais para trás.
Enquanto a presidente Dilma posa de heroína defensora do povo, no Nordeste centenas de cidades sofrem o martírio da seca enquanto estádios modernos são construídos apenas para a diversão de estrangeiros. A corrupção dirige as obras. E também dirige o auxílio aos fragelados, sempre desviado. Enquanto a região amazônica ainda tenta se recuperar do desastre das enchentes, obras superfaturadas para os mesmos estádios são feitas e o cidadão fica abandonado às doenças. Um dos mais notórios corruptos, acusado de desvios no órgão que cuida dessa região foi recentemente reconduzido ao poder como senador pelos juízes do Supremo Tribunal Federal. A tudo isso Dilma assiste complacente, preferindo privilegiar elites corruptas em troca de votos do que estender a mão ao povo que tanto sofre.
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A mesma presidente que veio em rede nacional de televisão falar da lógica perversa dos bancos não tem nenhum arrependimento ao favorecer uma empresa como a Volkswagen alemã, que com faturamento anual de mais de 100 bilhões de dólares tem uma sede em Wolfsburg na Alemanha que faz o palácio presidencial brasileiro parecer uma casa em ruínas. E mesmo assim o BNDES que devia zelar pelo desenvolvimento da indústria nacional, emprestou para essa empresa 342 milhões de reais para o desenvolvimento de um novo carro. Enquanto isso milhares de brasileiros agonizam na porta dos hospitais públicos
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O que se destaca de forma mais triste ainda é a lógica perversa da presidente Dilma patrocinando todas essas iniquidades e imoralidades ao mesmo tempo em que não hesita em cantar para quem quiser ouvir seu passado de esquerdista militante na luta armada na década de 70 e que quarenta anos depois alia-se a seus antigos inimigos, abraça latifundiários, faz acertos políticos com oligarquias, dá dinheiro para grupos industriais, entrega minérios para estrangeiros e se proclama "aliada do povo".
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Esta é a lógica do poder nos dias de hoje no Brasil.   
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terça-feira, 26 de junho de 2012

P105 Sempre amigos

Apenas negócios, nada pessoal...-
Na lógica do poder nos dias de hoje, está em jogo para as próximas eleições a posse da cidade de São Paulo cuja prefeitura dará ao partido vencedor a administração de um orçamento estimado em 20 bilhões de reais. Antigos inimigos políticos e ideológicos hoje se confraternizam, esquecendo das diferenças em nome de alianças que refletem bem o clima de vale-tudo para pegar esse dinheiro, no fundo a verdadeira razão de tais alianças.
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Em 1982, durante uma de suas primeiras tentativas de se apresentar como moralizador e reformador da política nacional, Lula ironizava as perfurações de prospecção de petróleo feitas por Paulo Maluf na Paulipetro, que na verdade ao custo de milhões de dólares para o contribuinte paulista serviam apenas de mostruário de vitrine política. Lula então dizia que Paulo Maluf cavava bem fundo não para achar petróleo mas para ver se achava vergonha na cara. Hoje, 40 anos depois abraça fraternalmente seu ex adversário político e ideológico e os dois dizem que "os tempos mudaram" e selam uma aliança para empurrar para a frente a candidatura do petista Fernando Haddad, tão inexpressivo quanto uma lápide de cemitério, que faz por enquanto o mesmo caminho que fez Aloízio Mercadante de mesma palidez política.   
 

Tempos mudam, adversários se reconciliam, mas se existe a distinção do que é certo e do que é errado, do que é leal e do que é desleal e de proteger uma comunidade, uma cidade, uma nação, então passe o tempo que passar, alianças com pessoas, erradas, desonestas e desleais jamais serão feitas. A não ser que apenas o tempo tenha passado e hoje os que se abraçam tenham sido sempre iguais, apenas tinham diferenças quanto aos negócios, oportunidades e lucros, que sempre chamaram de "política".
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Enquanto isso o que se vê é o abandono de cidadãos de todas as cidades e idades, que deveriam ser protegidos pelo poder público e por ele são saqueados. Doentes agonizam em salas de espera de hospitais públicos, outros morrem na calçada mesmo. O poder executivo pouco se interessa por isso, aparecendo apenas com discursos de ocasião, o poder legislativo apenas legisla no sentido de agravar as diferenças e mazelas sociais em proveito próprio, no que não fica atrás o poder judiciário, como ficou claro no caso dos precatórios que não são pagos, enquanto seus membros concedem a si mesmos indenizações milionárias, sempre retroativas a anos passados, sob as mais diversas justificativas de auxílio moradia, transporte, roupas, livros e tudo mais, em total falta de decência, honestidade e lealdade para o cidadão comum.      
Enquanto isso, dentro dos presídios, uma realidade desesperadora retira dos presos qualquer chance de cumprirem suas penas num ambiente que ao mesmo tempo que deveria ser duro e cobrar a falta cometida, longe disso submete-os a uma verdadeira tortura que já se iguala à realidade dos campos de prisioneiros nazistas, tendo se tornado o sistema penitenciário brasileiro numa fábrica de loucos homicidas, com a complacência dos três poderes que deveriam zelar para que outro fosse o destino dos prisioneiros.
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A mais atual análise do que hoje é o sistema político brasileiro e sua lógica de poder, está perfeitamente descrita num pequeno trecho do Manifesto do Movimento Tenentista de 1924, que apesar de ter sido escrito há mais de 80 anos, descreve com perfeição o que é ser político nos dias de hoje no Brasil:
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"...O Brasil está reduzido a verdadeiras satrapias, desconhecendo-se completamente o merecimento dos homens e estabelecendo-se como condição primordial, para o acesso ás posições de evidência, o servilismo contumaz, que movendo-se pela mola das ambições, cada vez mais se generaliza, constituindo fator de degradação social. O povo ficou reduzido a uma verdadeira situação de impotência, asfixiado em sua vontade pela ação compressora dos que detém as posições políticas e administrativas. Dispondo de material bélico moderno contra o qual os cidadãos inermes nada podem fazer, os dominadores tem-lhe coartado a manifestação da vontade pelas urnas, órgão legítimo pelo qual a soberania popular se exerce nas democracias..."     
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Tal é a situação de degradação que vivemos hoje em dia, sob as alegres falas da mudança dos tempos. Vemos uma presidente, que com um passado de esquerdista combatente, hoje se abraça com latifundiários e que dizia em seu discurso de candidatura "que os tempos mudaram", vemos antigos inimigos ideológicos hoje se abraçando com a mesma fala de "mudança dos tempos" e vemos que na verdade, em todo esse tempo o que não mudou mesmo foi o caráter servil e falso desses políticos, que se apresentam como pretensos reformadores da política. Continua atual o Manifesto dos Tenentes de 1924.
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quarta-feira, 6 de junho de 2012

P104 A lógica do poder

Uma lógica sempre perversa...
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Ao longo das últimas semanas, desenrolou-se uma série de acontecimentos que tem mostrado de forma inequívoca que toda a estrutura de poder no Brasil se orienta, é montada e vive por uma lógica perversa de dominação, disfarçada de "estado democrático de direito", nome apenas para uso de propaganda de todo esse sistema de poder, que pretende disfarçar assim vícios e prostituição política com o nome de "democracia".
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O termo da lógica perversa foi levado ao conhecimento dos brasileiros pela presidente Dilma, tentando fazer o papel de grande heroína da cena política ao anunciar a baixa dos juros por decreto e de forma política. Na verdade tenta junto com seu ministro da Fazenda, fazer frente à crise financeira que já se torna visível no horizonte, crise que é na verdade resultado do descalabro de corrupção, de vícios políticos seculares e do apoio do seu partido a toda essa deformidade política que hoje é chamada de "estado democrático de direito" para maior conveniência dos estelionatários políticos, presentes em todas as esferas do poder nacional.    
Isso não é exclusividade da atuação presidente Dilma nem de seu antecessor que vivia de falácias, nem de seu partido. Ela e ele são apenas outros membros que hoje no poder se dedicam a manter viva essa estrutura que lentamente devora a vida dos cidadãos brasileiros e que destrói aos poucos a própria nação brasileira.
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Essa lógica perversa foi zelosamente seguida pelos seus antecessores de outros partidos, que com discursos de "democracia" e "modernidade" ajudaram na construção de fortunas particulares, na ascensão do crime até mesmo dentro das esferas do legislativo e do judiciário, na entrega de riquezas nacionais a estrangeiros, resultando daí o surgimento de uma nova classe de banqueiros, antes funcionários graduados que redigiam as diretrizes das privatizações em anos recentes e que de um cargo público estratégico saltaram para a propriedade de bancos de negócios. Melhor dizento, assaltaram o patrimônio nacional, construído em décadas de trabalho duro e tudo sob as vistas complacentes do executivo, do legislativo e do judiciário, sempre sob o disfarce de "normalidade democrática" e "modernidade".   
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Hoje a nação brasileira vive esse drama de presenciar dia a dia a sua própria destruição sem poder se defender. Ao longo dos próximos textos será debatido esse estado de coisas, dessa lógica perversa do poder, inicialmente com um texto histórico, o Manifesto do Tenentes, que escrito em 1924, é um verdadeiro retrato das coisas que acontecem nos dias de hoje.
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