terça-feira, 22 de dezembro de 2009
P27 A vela e o galpão
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
P26 Sobre ruínas e ratos
Honestidade, lealdade e coragem não fazem parte do ideário dos políticos dos dias de hoje no Brasil. Até mesmo a falta de modos e pudor, que até crianças aprendem a ter desde cedo eles abandonaram, tal a vergonha que foram as cenas explícitas de políticos enfiando dinheiro em suas roupas íntimas enquanto sorriam. Um deles, mesmo respondendo a 28 processos diferentes veio a ser nomeado assessor do atual governador do Distrito Federal.
O governador, egresso do escândalo da violação do sigilo dos políticos votantes no famoso caso do painel do congresso em 2001, pouco depois renunciou em lágrimas, dizendo-se arrependido. Continuou assim elegivel, manobra que já havia pensando e que lhe permitiu ascender a mais esse posto, onde tranquilamente continuou a cometer fraudes e a incentivar a corrupção com uma verdadeira quadrilha trabalhando a seu favor.
As tão cantadas soluções institucionais estão aí para quem quiser ver, putrefatas e bem ao gosto do apetite de aves de rapina, para quem quiser servir-se delas. Aliás, é delas que se servem esses políticos para poderem continuar cometendo crimes contra o povo. Foram eles mesmos que redigiram essas leis.
Devem todos se conscientizar de uma coisa. A de que esse casarão político deve ser derrubado e o será necessariamente pela força. Enquanto isso não acontecer, o povo brasileiro continua preso nessa ruína e pior ainda atacado por todo tipo de políticos, que hoje, de vereadores a congressistas se alimentam dos bem públicos.
Existe na história do Brasil um manifesto político escrito pelos tenentes da rebelião militar de 1924. Uma parte dele descreve com precisão o Brasil de hoje e merece ser lido para reflexões e uma tomada de posição:
"O Brasil de hoje está reduzido a verdadeiras satrapias, desconhecendo-se completamente o merecimento dos homens e estabelecendo-se como condição primordial, para acesso às posições de evidência, o servilismo contumaz que, movendo-se pela mola das ambições cada vez mais se generaliza, constituindo fator de degradação social. O povo ficou reduzido a uma verdadeira situação de impotência, asfixiado em sua vontade pela ação compressora dos que detem as posições políticas e administrativas. Dispondo de material bélico moderno, contra o qual os cidadãos inermes nada podem fazem, os dominadores tem-lhe coartado a manifestação da vontade pelas urnas, órgão legítimo pelo qual a soberania popular se exerce nas democracias.".
Nos últimos 25 anos, o tempo tem apresentado a todos os brasileiros, de forma indesmentível, os fatos que podem fazer qualquer um decidir que tudo isso deve ser terminado pela força.
Solução pacífica para nossas contradições políticas e sociais, essa não teremos mais.
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
P25 Uma pequena nota
Por conta disso raramente pude voltar aqui para alinhavar alguns textos. Nesse tempo todo aprendi da forma mais dolorosa a ser socorrista, enfermeiro, cuidador e tudo mais que uma pessoa idosa e doente precisa.
E teve hoje. As dores se foram, ficaram só as lágrimas, poucas, que nesses tempos já derramei muitas. Acima de tudo a sensação de alívio de ver um sofrimento assim terminar começa a refazer a alma.
É madrugada, volto para casa para me alimentar um pouco e me refazer e depois desse breve retorno, saio para estar do lado do seu corpo.
E por conta disso encontram alí mais doença, mais dor, mais desespero, enquanto políticos criminosos, verdadeiros assassinos do povo, esses sim, torturadores que contam com as graças de alianças políticas de antigos anistiados e pretensos "coitadinhos perseguidos" que nadam em gordas indenizações às custas desse mesmo povo assassinado, esquerdistas que foram um dia guerrilheiros de aluguel e que hoje mergulhados na corrupção, não veem mal algum em atirarem nas costas do povo que um dia disseram defender. E atiram favorecendo a corrupção, negociatas e conchavos com os pretensos inimigos de ontem, hoje amigos de negócios.
Lembro da dor e do sofrimento da minha mãe, que presenciei ao longo desses meses, penso nos milhares de homens, mulheres e crianças desse nosso país, sofrendo horrivelmente com a corrupçãos desses verdadeiros bandidos e chego à conclusão de que eles só tem um tipo de justiça pela frente.
A do paredão de fuzilamento. Sem pena, sem piedade, sem arrependimento, contra esses corruptos.
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
P24 As coisas da política
Após um longo tempo sem poder estar aqui, pude enfim escrever algumas linhas, irmãs de outras que coloquei no outro espaço que mantenho, http://cartasnodia.blogspot.com/
Por certo que a política tem dado motivos e acontecimentos para meditações sobre as coisas que vemos no dia a dia. Das mais tristes e lamentáveis, apesar do cenário alegre que nossa imprensa, eternamente vendida passa aos cidadãos.
Mais que isso, sobre as coisas que são feitas por ditos representantes do povo e em seu nome, na essência idênticas ao que se fazia aos presos de campos de concentração, em nome de algum ideal, como assim diziam. O que observamos na vida da nação é tudo muito dolorido.
Essas coisas todas e mais o pensamento que algumas leituras e filmes nos trazem, vou colocar aqui em breve.
E apesar de manter o endereço do meu antigo bilogue (desculpem, mas aportuguesei a palavra ) devo dizer aos que tentarem acessá-lo que encontrarão apenas textos sem formatação, mas ainda legíveis, não sei por quanto tempo.
Acontece que há coisa de uns dois meses perdi o acesso a ele. Mais certamente falando pelo que pude constatar, meu acesso foi retirado. Depois de várias tentativas de acesso e recuperação, nada mais pude fazer. Aquele espaço foi meu aprendizado na exposição de idéias. Pelo teor de certos textos, acho que é possível imaginar que meu acesso foi mesmo retirado. Estarei enganado? Talvez. Mas navegar por todas as opções do mesmo nome eu consigo, acessar o antigo bilogue, de forma alguma é possível. Mas mesmo assim, por enquanto ainda vou mantê-lo registrado aqui: http://vellker.blog.terra.com.br/
Enquanto isso a política vai nos mostrando as coisas que fazem em nome dela e algumas situações que com certeza não gostaríamos de ver, menos ainda de estarmos no meio delas. Como cidadãos estamos, de forma irremediável.
Neste espaço defendo idéias, que se por um lado parecem atrasadas, por outro, constata o cidadão comum, do habitante das grandes metrópoles até o morador de habitações na Amazônia que uma solução se impõe de forma tentadora para tais males que por hoje sofremos, em especial o da corrupção desenfreada: a da forma autoritária, nos moldes do Estado Novo do sim, muito conhecido dos que apreciam política, Getúlio Vargas.
Há duas formas de que isso venha a ocorrer. Uma é através da coerção coletiva, que ocorre quando populações regidas por constituições como a americana, em certos momentos críticos da vida nacional podem fazer isso pela força das armas que mantém em suas casas.
Para quem está em dúvida, a 2a. emenda da constituição americana promulgada em 1789 declara que "Sendo necessária à segurança de um Estado livre a existência de uma milícia bem organizada, o direito do povo de possuir e usar armas não poderá ser impedido."
E porque não temos isso no Brasil? Porque depois de uma bem sucedida traição dos que se dizem representantes do povo e de sua maior cúmplíce, a imprensa, foi passada ao povo brasileiro a idéia de que entregar suas armas era a coisa mais certa a fazer. Com o clima político propício, grandes latifundiários e bandidos das mais diversas classes, políticos nas horas de folga, promulgaram uma lei que restringe a posse e porte de armas de forma só conhecidas em regimes totalitários como o da extinta União Soviética, se bem que o desarmamento foi pensado para um uso futuro pela classe política contra o povo. Por ora os bandidos desfrutam dele frente a uma população indefesa.
Ou seja, por sua própria ingenuidade e envolvido numa campanha de imprensa sem precedentes, movida por jornalistas tão vendidos quantos seus patrões políticos, conseguiram retirar do povo essa capacidade.
A tradicional ingenuidade política do povo brasileiro foi transformada na mais triste situação de ignorância política, coisa ainda pior, pelos mesmos governantes que posavam de "defensores da democracia" e nada mais eram do que um bando que ficou de fora da, digamos assim, mesa política. Logo quando assumiram o poder com sua pretensa decência, trataram de desmantelar a estrutura educacional para transformar o cidadão apenas num alienado político e aceitável contador de números, que era o necessário para que votassem.
Para se ter uma idéia, em 1937, em pleno Estado Novo, a legislação de posse e porte de armas sancionada pelo próprio Getúlio Vargas era liberal e permitia ao cidadão uma grande facilidade para a posse e porte de armas. Como velho gaúcho, acostumado a ter uma arma para sua defesa, Getúlio deixou uma brecha para que o povo pudesse se defender em seu dia a dia e em caso de necessidade, até mesmo o regime, na situação que previa um tanto arriscada pois afinal a 2a. Guerra Mundial estava a à vista. No democrático Brasil de hoje, só bandidos e o governo podem ter armas como quiserem, se bem que a distinção entre os dois se torna a cada dia mais difícil.
A possibilidade que resta é a da coerção maciça, quando setores majoritários das Forças Armadas se rebelam contra uma classe política cada vez mais corrupta e nociva à nação. Mas aí a classe política é vista como totalmente desmoralizada em todos os seus níveis, desde o federal até o municipal. Assim como ela é nos dias de hoje. Passa a ser inevitável o que aconteceu em 1937, quando Getúlio Vargas deu o golpe de estado, retirando o poder dos dirigentes políticos da época, em sua totalidade latifundiários.
Como sempre nesse caso, é a força de uma idéia e a aceitação pelas Forças Armadas de que a mudança pela força de uma situação intolerável é a que leva a esse desfecho. Esse é o único caminho de que dispõe a nação brasileira hoje, se quiser salvar seu futuro. Porém só com a determinação de uma idéia motivadora e ao mesmo tempo inovadora poderá fazer isso acontecer.
Em todo esse texto, entende-se coerção como a deposição de um regime e classe política das mais corruptas e entreguistas, sempre vendidos a estrangeiros, coisa que por esses tempos o povo brasileiro é obrigado a suportar, exatamente pela sua incapacidade em se defender.
Mas o breve surgimento dessa idéia, a mobilização ainda futura das Forças Armadas, isso é uma coisa inevitável, ainda bem.
Dirão um dia os historiadores, coisas da política.
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
P23 O zoológico e o congresso
Que me perdoem os animais, já que em sua grande desdita com a perda da liberdade primitiva, são expostos por vezes ao ridículo das gozações e maltratos de alguns dos ditos humanos. Afora os motivos para se sentirem humilhados, apareço eu agora comparando-os aos políticos do congresso nacional. Peço o perdão deles. É apenas uma analogia estabelecida pelo entendimento das coisas.
Temos visto ao longo desses meses cenas indescritíveis nesse zoológico que também por um paradoxal entendimento é chamado de congresso nacional.
No zoológico propriamente dito, os animais em sua primitiva conduta nada vêem de errado em estarem nús ou deitarem na lama, como aprenderam com seus, digamos assim, educadores. E de fato, se de uma forma mágica fossem subitamente dotados do mesmo intelecto que o nosso e da mesma eloqüência para discursos, defenderiam de forma incontestável seu direito de assim se portarem nas atuais condições, calando até o mais sábio filósofo dos humanos.
Acusações contra desafetos que depois aparecem em revide com as mesmas e comprovadas acusações contra os denunciantes de ontem, troca de insultos, troca de favores, corrupção sem freios, salas de senadores transformadas em alcovas capazes de tornarem redimidos autênticos prostíbulos e venda das riquezas da nação a países estrangeiros, esse tem sido o cenário já secular do que é chamado por aqui de congresso nacional. Ao menos, mesmo no zoológico os animais defendem o que julgam ser seu território.
Fica a triste, porém auspiciosa constatação de que como eu disse, se fossem os animais subitamente dotados de intelecto e eloqüência, poderiam com toda certeza defenderem seu modo vida e seu comportamento considerado animal.
Triste porque nos vemos como cidadãos, por ora presas de verdadeiros animais políticos, com atos e meios de vida repugnantes, que dirigem a nação como se estivessem num zoológico moralmente nús e politicamente sempre deitados na lama.
Auspiciosa porque podemos constatar que até mesmo os animais depois de sua inflamada defesa sobre suas atuais condições de vida, imediatamente passariam a se portar de forma a merecerem o intelecto e a eloqüência subitamente adquiridos, aparecendo e se portando frente aos humanos de forma irretocável.
Se o reino animal nos dá essa esperança, sem dúvida que um dia a veremos realizada, mesmo que a ferro e fogo, já que racionalidade e moralidade para alguns humanos de nada valem.
terça-feira, 11 de agosto de 2009
P22 Casa da traição
segunda-feira, 27 de julho de 2009
P21 Um pedido de desculpas
sábado, 4 de julho de 2009
P20 Jagunços de gravata e terninho
Sendo os milhões de contribuintes da Receita Federal muito cuidadosos, poucos erram ao declararem seus bens e patrimônio para evitarem uma multa. Seguindo caminho contrário ao dos cidadãos comuns, um dos principais implicados no caso dos atos secretos do senado, no caso o senador José Sarney, presidente por enquanto do senado, cometeu o pequeno erro de "esquecer" de declarar uma mansão de sua propriedade no valor de 4 milhões de reais, talvez porque estivesse muito ocupado pensando nos discursos que iria fazer ao invés de fazer as devidas contas para o fisco. Em todo caso sua assessoria de imprensa já colocou a culpa em algum contador. Além de ir na contra-mão dos cidadãos contribuintes, José Sarney caminha na mesma direção de um dos ex-diretores do senado, Agaciel Maia, que também se "esqueceu" de declarar sua mansão de 5 milhões de reais.
Apesar dos protestos de que José Sarney não deve ser condenado, que tem uma presença histórica e coisa e tal, o discurso do presidente Lula definitivamente não convenceu a opinião pública, que notou no presidente do senado a espertíssima posição política de discursar sobre moral e bons costumes enquanto espera a poeira baixar. Quanto aos atos secretos, que ocorriam desde 2003 e passam de 600, ele nada fez nem nada vai fazer contra, mesmo porque seria ir contra seus amigos não só do PMDB como de outros partidos.
Vendo que a posição de Sarney já estava na situação do folclórico "balança mas não cai", até a ministra Dilma Roussef, mesmo visivelmente desgastada pelas sessões de quimioterapia, levantou sua enfraquecida voz a favor do senador, uma vez que ela e Lula contabilizam de antemão os prejuízos políticos para a candidatura dela na eventual renúncia do presidente do senado, que nada por nada é membro do PMDB que fez uma aliança com o PT de olho nas eleições presidenciais de 2010. Dizendo que Sarney não deve ser demonizado por atos de outros e evitando tocar na tecla de porque o presidente do senado não escancara de vez o que aconteceu, a ministra Dilma fez o que pôde, mas também caiu junto com Lula na desconfiança da opinião pública.
Para dar uma pausa aos falantes já cansados de tanto falatório sem resultados, o PT chamou sua outra voz de plantão e sempre às ordens, a de Ideli Salvatti, senadora catarinense pelo PT, líder da bancada governista e conhecida últimamente como a mais fiel trombonista política do seu partido, que prontamente subiu na tribuna do senado e fez um discurso defendendo José Sarney de todas as formas possíveis, mas mesmo assim seus protestos passaram no máximo em branco. Visivelmente abatido, o senador Aloísio Mercadante também ocupou a cena política para as defesas exigidas pelo partido.
O que se denota de tudo isso é a vergonhosa atuação de um presidente como Lula, que se nos anos 90 chamou o congresso de um bando de picaretas, hoje se alça ou melhor se rebaixa de forma voluntária à condição de galpão de guarda de todas as ferramentas de arrombamento de que dispõe o senado nacional. O arrombado como sempre é o patrimônio do povo.
Ideli Salvatti, já revendo seu futuro político, marcado pelo seu modo servil de discursar exatamente como os políticos mais conservadores e atrasados que o Brasil já viu no passado, pode esquecer de falar em seus discursos ao povo de seu estado e também do Brasil de qualquer idéia de defesa dos trabalhadores, os quais dizia defender em seu cargo. O senador Aloísio Mercadante que se revezava com Lula nas denúncias contra o congresso, hoje até mesmo sem conseguir disfarçar seu abatimento, aparece também para fazer o papel de defensor de capa e espada do seu partido. Ideologia, defesa dos trabalhadores, tudo é coisa do passado. Já a ministra Dilma Roussef, que nos anos 70, travestida de guerrilheira Vanda pegou em armas dizendo defender a democracia e lutar contra as classes exploradoras dos trabalhadores, hoje decidiu trocar de lado e sem meias palavras aderiu de armas e discurso às classes que um dia disse combater, hoje na defesa do conservadorismo político. O que parece mais triste em tudo isso, relembrando a biografia dos quatro, é que fazendo uma comparação com os soldados do filme "Tropa de Elite" que realmente lutavam para acertar as contas com os bandidos fosse como fosse, neste caso, Lula e seus aliados fazem o papel não de uma tropa de elite, mas sim de uma vergonhosa tropa da elite. Olhando tudo pelo que chamamos de ética, não muito diferente disso, lá pelos idos de 1920, os cangaceiros cearenses aterrorizavam a população de seu estado, mas alguns grandes proprietários de terras ligados a políticos permaneciam longe do alcance de suas armas. Eram os mesmos que lhes traziam armas e munições. Longe da aura romântica e heróica que canções populares lhe atribuíam, os cangaceiros sabiam que no fundo eram apenas isso, jagunços da elite. O que Lula, Dilma, Ideli e Mercadante tem feito nos dias de hoje não é muito diferente. Apenas usam roupas novas, mas continuam perpetuando a tropa da elite. Mudam as roupas, a tropa continua a mesma.
sexta-feira, 19 de junho de 2009
P19 O ilusionista
O individualismo realmente não é um defeito, mas com ele deve coexistir o senso de coletividade, sem o que nenhum grupo social sobrevive. Aí será um individualismo sadio, fora disso não passa de um egoísmo absurdo. Mas talvez Diogo tenha mudado em 2009.
Em outro trecho ele declara abertamente que odeia o Brasil como um todo. Alí ele diz que o jeito de tudo o que é brasileiro o irrita. Os leitores da revista "Veja" e seu próprio publicador devem estar incluídos nessa irritação. Mas porque será então que Diogo Mainardi perdeu tempo escrevendo um livro no Brasil e para brasileiros? Melhor teria sido que escrevesse no exterior e para estrangeiros. Mas 20 anos depois ele pode ter mudado.
Prosseguindo com suas revelações, Mainardi diz que quem o sustenta é a mulher, mas isso também deve ter mudado. Nada há de errado nisso. Quantos escritores devem ter tido como sustento o trabalho de suas mulheres? Mesmo Henry Miller, um ilustre desconhecido na década de 30 teve como mecenas a escritora Anaís Nin, o que o ajudou no caminho de ser conhecido dos leitores de todo o mundo. Novamente o tempo deve ter feito suas mudanças.
Realmente o tempo muda tudo. O homem que odiava tanto o Brasil e tudo o que era brasileiro, hoje mora no Brasil e escreve para brasileiros numa revista brasileira. Resta saber porque Diogo Mainardi tem esse inconfesso ódio pelo que é brasileiro, porque verbera tanto contra movimentos sociais. Isso qualquer um tem o direito de fazer, mesmo porque alguns movimentos ditos sociais primam pelo exagero e pelo desequilíbrio em suas atitudes.
O que norteia a criação de um movimento social é a denúncia e resistência contra uma injustiça. Erros e parcialidades em suas ações é que o levam a tornar-se também mais uma injustiça, mas apenas um injustiça gritante. Há uma necessidade de saber distinguir isso na crítica.
O sistema político do Brasil por exemplo. Seus integrantes e tanto faz a ideologia nisso, fazem truques, mas com a cartola alheia ou melhor dizendo, com o dinheiro alheio. Sem as emendas orçamentárias onde eles fazem a festa, suas cartolas ficariam vazias. Sem o foro privilegiado e votações secretas, eles seriam realmente punidos por seus crimes. Contam com ajudantes na forma da lei que eles mesmo criam, mas nem sempre. Algumas vezes eles tem ajudantes na forma de polemistas. A lei apenas faz tudo o que eles querem, mas não diz.
É aí que Diogo Mainardi se destaca. Negativamente. Parece que aí o tempo não fez diferença. Com suas críticas a todos os movimentos sociais de forma indistinta e com visão parcial, ele ecoa como uma voz do passado, mas um passado tão distante que o exemplar da revista "Veja" de 1989 parece tão novo como uma primeira edição.
Estou Longe de colocar o atual governo como uma novidade ou mudança. Na verdade ele sempre foi partidário de uma só coisa: prestígio e ganhos pessoais sob o disfarce de uma inovação política, quando na verdade distribui migalhas.
No filme da vida, seria interessante ver como Diogo Mainardi se portaria se seu editor passasse a ser alinhado com o atual governo. Por certo teria que recorrer a um ilusionismo para manter seu cargo de ajudante de mágicas.
O que pode ser visto melhor na imagem abaixo, em tamanho real, sem ilusões.
domingo, 7 de junho de 2009
P18 Os comandados
O tema é recorrente. As opiniões dos que são favoráveis à descriminalização das drogas começam a assumir contornos cada vez mais esclarecedores.
O que pretendem esses grupos com isso, é assumir o controle total de nações que aceitarem esse discurso. Controle político, controle social, controle econômico e controle militar, em resumo, assumir sobre essas nações o mais total controle geoestratégico. E começa o primeiro movimento, com os resultados finais calculados para dentro de alguns anos dessa forma, com esses criminosos discursos em defesa da liberação das drogas, que nenhum desses ex-presidentes admite usar e nem permite que seus filhos usem. Tudo o que fazem é através dos cargos que alcançaram e com a formação acadêmica que tem e assim nem de longe podem admitir não saberem o crime que estão comentendo, é criar condições para que os parlamentares corruptos estejam cada vez mais apoiados em tal discurso para a criação de leis cada vez mais permissivas, resultando no final numa multidão de viciados, verdadeiros mortos-vivos, mas tudo dentro da nova "legalidade", tudo dentro da mais brilhante "modernidade".
sexta-feira, 29 de maio de 2009
P17 A queimada de uma nação
Nada poderia ser mais revelador das intenções do grupo político que hoje está no poder do que isso. Não que a chamada oposição seja contra, aliás para o pensamento de todo político brasileiro, quanto mais incapaz de entender e julgar as coisas estiver o povo brasileiro, melhor para eles governarem nesse festival de corrupção e impunidade. A quem se rouba melhor? A uma pessoa capaz de discernimento e que pode defender-se de imediato ou uma pessoa incapaz de entender o que se passa à sua volta e fisicamente destruída? Qual dessas duas pessoas o sistema político brasileiro julgaria a melhor vítima? E ainda por cima incapaz de se defender? Assim como abutres, os políticos que se beneficiam desse sistema não pensam duas vezes ao defenderem medidas que venham a tornar o povo brasileiro mais doente física e mentalmente e que propicie, por assim dizer, não o fortalecimento de um povo, mas sim a criação de uma verdadeira manada de viciados, tocados como gado para onde bem entendam seus dominadores.
Uma idéia como essa, se fosse levada a efeito criaria um incontável número de viciados, doentes mentais, vítimas de acidentes, assaltos e uma criminalidade incrivelmente alta, resultado dos atos de todos os viciados em conjunto nesse vasto Brasil.
E no caso o que os esquerdistas de ontem fariam para legalizar a situação? Ora, só pode ser uma solução nos moldes da que arranjaram para eles mesmos, indenizações para os “coitadinhos” dos traficantes, que hoje, assaltando e seqüestrando pessoas, num comércio de crime paralelo ao das drogas, seriam pintados como heróis por jornalistas aliados e viciados, contando a história dos “moderninhos” que estavam, vejam só, à frente do seu tempo, incompreendidos pela sociedade.
Uma vez libertos, anistiados e ainda por cima indenizados, é claro, que as testemunhas de seus crimes e suas antigas vítimas tratem de fugir do país. E como vão ser vendidas as drogas? Com receita médica? Os viciados vão se contentar com algumas poucas doses por mês? Os antigos traficantes, agora anistiados, abrirão lojas para a venda de drogas e verão conformados seus lucros sumirem, só porque agora estão na legalidade? E ainda por cima vão pagar imposto quietinhos?
Resta saber como o ministro pretende lidar com os milhões de cidadãos caídos nas ruas, das famílias desfeitas por esse mesmo vício, dos acidentes e crimes provocados por esse vício, desses viciados que se contarão aos milhões, pois atrás da maconha, cocaína e heroína estarão logo liberadas. É só passar nas ruas da chamada cracolândia em São Paulo e ver o que as drogas fazem. Vendo a destruição física e mental em que crianças e adultos estão mergulhados, qualquer um pensará exatamente o contrário do que o ministro e seus amigos, melhor dizendo, comparsas, dizem agora nas ruas.
O mesmo ministro que diz que é contra as queimadas das florestas, que chora ao ver troncos caídos, é totalmente a favor da queimada de uma nação inteira com essa defesa das drogas. Não parece comovê-lo a idéia de ver milhares de cidadãos caídos no vício da droga. Ele se comove mais com os troncos caídos na selva.